A Apple perdeu a mão com o iPhone?

Nos anúncios feitos nesta terça (9) a gigante trouxe poucas novidades

A Apple fez sua já tradicional apresentação de produtos da linha iPhone nesta terça (9). Há anos a empresa anuncia em evento anual a geração mais recente de aparelhos e suas novidades. Era sempre um momento de grande expectativa para os fãs da maçã.

Não eram apenas novos produtos anunciados, mas formas de interagir, navegar e inclusive ditavam como seriam todos os celulares. O iPhone era observado não só por consumidores, mas também pela indústria geral. Os sistemas operacionais de outras empresas seguem até hoje os ditados por Steve Jobs.

Por falar nele, a morte de Steve em 2011 começou a levantar dúvidas sobre como isso impactaria as inovações da Apple, o que se provou errado por algum tempo. Especulam que o gênio do vale do silício havia deixado diversos conceitos em desenvolvimento, que foram executados em seguida.

O que vem acontecendo com a Apple

Há alguns anos, poucas novidades são demonstradas, as novas linhas de iPhone por várias vezes apresentam apenas melhoras de desempenho e câmeras mais potentes. Os novos aparelhos não causam mais aquele desejo imediato de troca.

As vendas seguem crescendo e a arrecadação da empresa também, longe de apresentar algum declínio. A única diferença nos últimos anos é que os consumidores têm demorado um pouco para comprarem os novos modelos. Antes esgotavam-se no lançamento.

Apple - GPS Brasília - Portal de Notícias do DF
O recém anunciado iPhone Air (Foto: Divulgação)
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O iPhone 17 Pro Max (Foto: Divulgação)
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O novo Air Pod tem tradução simultânea (Foto: Reprodução | Internet)
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O iPhone 11 Pro foi o primeiro a apresentar o design com 3 câmeras (Foto: Divulgação)

A “evolução” recente

Desde o iPhone 11, lançado em 2019, pouco se alterou inclusive no design dos aparelhos. Adotou-se o padrão de uma linha mais básica e outra mais complexa, com 3 câmeras traseiras, a Pro. A alteração mais perceptível de design ocorreu nesta terça (9) com o anúncio da linha Pro com uma disposição diferente das lentes e sensores.

Siri e Apple Intelligence

A Siri, assistente virtual da Apple, foi incorporado ao iPhone em 2011 e foi uma revolução na forma como se interage por voz com celulares. Porém a evolução dessa função negligenciada e rapidamente ultrapassada por aplicativos da concorrência.

Com o avanço da inteligência artificial generativa e o uso cada vez mais comum por usuários finais, a empresa anunciou em 2024 a Apple Intelligence, que prometia não só revolucionar a forma de utilizar o celular e aplicativos, como também dar uma camada de segurança e privacidade que outros aplicativos com a mesma finalidade não oferecem.

O fiasco da Apple Intelligence

Lançada em 2024, a Apple Intelligence prometeu muito e não entregou quase nada. Isso obviamente foi percebido pelos usuários e pela mídia especializada. Não demorou que surgissem informações internas de que o assistente foi anunciado ainda em fase de elaboração e sem consultar a equipe responsável.

Atualmente essa inteligência pode ser ligada ao chatGPT para algumas funções e buscas mais básicas, mas não chega nem perto do que era prometido no seu anúncio. A Apple iria desenvolver sua própria IA, porém atualmente já estuda associar-se a outras empresas.

Além disso, outros comparativos da IA da Apple têm mostrado uma qualidade inferior, como é o caso da remoção de elementos de fotografias. Essas funções nos concorrentes são muito superiores. 

Os anúncios deste ano

Novamente os anúncios feitos nesta terça (9) resumiram-se a aparelhos mais potentes e câmeras mais avançadas. A Apple Intelligence mal foi mencionada, indicando que não veremos novidades tão cedo. O novo iOS apresenta apenas perfumarias pouco relevantes.

Um grande destaque foi dado ao novo sistema de arrefecimento do aparelho, uma câmara de vapor que permite uma dissipação de calor mais eficiente, possibilitando processadores mais rápidos e potentes.

Por mais interessante que isso possa parecer, que diferença faz para o usuário final, o público alvo dessa conferência, algo tão técnico? Bastava avisar que o aparelho é capaz de mais processamento.

O único anúncio (já esperado) que realmente era uma novidade foi o iPhone Air. Um novo AirPods também foi anunciado, com tradução simultânea, funcionalidade já presente na concorrência há cerca de um ano.

O iPhone Air

O mais novo produto da linha iPhone é interessante, mas a quem ele se destina? Há realmente uma demanda por celulares mais finos atualmente, quando o que buscam mesmo atualmente são telas maiores e baterias mais duráveis?

Um celular mais fino obviamente requer uma bateria menor, além disso, a qualidade da câmera não é tão boa quanto aos da linha iPhone 17.

O que esperar do futuro?

Fica complicado ter otimismo de que a Apple volte a ter o protagonismo nos rumos do ramo de celulares como tinha nos primeiros anos de iPhone, com Steve Jobs à frente da empresa.

Um sinal de alerta também foi disparado em agosto, quando pela primeira vez as vendas mundiais da chinesa Xiaomi ultrapassaram as do iPhone.

Até mesmo pelo bem da indústria, é bom que a originalidade da empresa retorne e que paremos de ter apenas avanços tecnológicos nos aparelhos.

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