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Postos de combustíveis se preparam para aumento de preços após “MP do Fim do Mundo”

Distribuidoras começam a comunicar reajustes para a próxima terça-feira (11)
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Reprodução/Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr)

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As distribuidoras de combustíveis passaram a alertar suas redes de postos sobre um aumento nos preços que deve ocorrer a partir da próxima terça-feira (11), de acordo com sindicatos que representam os revendedores. O motivo do reajuste seria a Medida Provisória 1.227, conhecida como “MP do Fim do Mundo”, que restringe as compensações de créditos de PIS e Cofins. As informações são do Metrópoles.

Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), a variação nos preços da gasolina pode atingir de 4% a 7%, o que significa um acréscimo de R$ 0,20 a R$ 0,36 por litro, enquanto o diesel pode ter aumento entre 1% a 4%, de R$ 0,10 a R$ 0,23 por litro. O IBP estima que o impacto da MP atingirá R$ 10 bilhões apenas nas empresas distribuidoras de combustíveis.

Os postos de combustíveis têm autonomia para definir seus preços finais, podendo repassar integralmente o aumento para os consumidores, segurar parte dele ou até mesmo aumentar a margem de lucro para elevar ainda mais os valores nas bombas.

O presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, acredita que não será viável recompor a margem de lucro, prevendo apenas o repasse do aumento das distribuidoras.

“O setor enfrenta uma forte concorrência, não vejo condições de aumentar a margem de lucro”, afirmou.

Até o momento, das três maiores distribuidoras do país, apenas a Ipiranga emitiu um comunicado formal aos postos. A Vibra (antiga BR Distribuidora) e a Raízen (Shell) ainda não se pronunciaram oficialmente, mas segundo os sindicatos do setor, estão em conversas com os revendedores.

O presidente do Recap, Emílio Martins, acredita que o aumento de preços é uma forma de pressionar o governo e o Congresso a rejeitarem ou retirarem a MP.

“O governo sabe que vai perder essa guerra e sairá desgastado. Não interessa ao governo um aumento nos preços que possa impactar na inflação”, declarou Martins.

Até o fechamento desta reportagem, o Ministério da Fazenda não havia se manifestado sobre o assunto. O espaço permanece aberto para futuros posicionamentos.

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