Caio Barbieri O Programa de Intercâmbio Cultural, que possibilitou viagens de 257 agentes culturais para 19 países e 15 estados brasileiros, ficará suspenso a partir de 9 de junho até agosto deste ano para melhorias na plataforma Mapa da Cultura, utilizada pelo Ministério da Cultura (MinC) para operacionalizar as inscrições de seus editais. Segundo informações do Ministério, a Comissão de Avaliação e Seleção do programa se reunirá nesse período para selecionar as propostas inscritas até o fechamento da plataforma e com viagens previstas para o 2º semestre de 2024.
A diretora de Fomento Direto da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic), Teresa Cristina, destacou que o período de indisponibilidade será aproveitado para revisar e aprimorar o programa.
“Vamos retomá-lo remodelado, com oportunidades enriquecedoras para os participantes e mais ênfase na inovação e na intersetorialidade entre cultura e outros campos de atuação, como arte e ciência”, explicou Teresa.
Além disso, a edição mais recente do Programa de Intercâmbio Cultural incluiu critérios diferenciados de pontuação para propostas protagonizadas por mulheres, idosos, indivíduos de cultura urbana, LGBTQIAP+, moradores de localidades periféricas, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas negras.
“Um avanço importante desse primeiro ciclo foi a representatividade de pessoas negras, que ultrapassou o mínimo previsto no edital, atingindo 35% das candidaturas contempladas”, ressaltou.
Desde a retomada do programa em 2023, foram contempladas 257 pessoas, totalizando um investimento de R$ 2.846.500. Os selecionados receberam bolsas culturais para participar de eventos culturais em destinos nacionais e internacionais. Os recursos foram utilizados no custeio de despesas de deslocamento, permanência e participação nos eventos.
Após a remodelagem da plataforma até agosto, outras pessoas interessadas em cultura poderão se inscrever para buscar novas oportunidades de levar sua produção a outros territórios ou aprender mais sobre experiências do setor mundo afora.
“O objetivo é sempre buscar novos pontos de vista para ampliar a prática cultural coletivamente. São esses processos que pretendemos potencializar”, concluiu a diretora Teresa Cristina.
