Redação GPS Baseada no livro de _Daniela Arbex_, a produção que estreou nesta quarta-feira, 25, fala sobre o desenrolar do **incêndio da Boate Kiss** na Justiça. A tragédia em Santa Maria (RS), que acometeu 242 jovens e suas famílias, completa dez anos em 2023 na próxima sexta-feira, 27. Outras 636 pessoas ficaram feridas, e até hoje não viram os **responsáveis** pelo ocorrido serem **punidos**.
Em cinco episódios de 45 minutos, a obra _Todo dia a Mesma Noite_ mostra a luta nos tribunais dos familiares e sobreviventes. O acontecimento que poderia ter sido evitado, **assombra** até hoje as vítimas. A série retrata a **aflição** dos sobreviventes àquela noite como um resgate histórico. A riqueza de detalhes **impressiona**: desde os celulares tocando à atuação dos bombeiros até o reconhecimento dos corpos e a visita de Dilma Rousseff, presidente na época, à cidade, os dois primeiros episódios de Todo Dia a Mesma Noite conquistam pela emoção.
Com um olhar atento à **responsabilidade** para retratar um caso tão **delicado da história brasileira**, Todo Dia a Mesma Noite possui **roteiro afinado** e completo, guia o público a uma viagem pela história, marcada pelo **sentimento de luto** e revolta de todos os envolvidos, retratado por uma fotografia com filtro de grandes produções audiovisuais brasileiras.
Daniela Arbex, autora do **livro base**, foi consultora criativa da obra cinematográfica e garantiu que todo o seu trabalho de reportagem – feito ao longo de dois anos – fosse transposto para as telas. O roteiro se aprofunda em todas as etapas da busca por Justiça, relembrando o imaginário popular dos brasileiros sobre a forma como os crimes são resolvidos no país.
Apesar das **evidências**, todos os autores do crime cometido na Boate Kiss – que pegou fogo por **escolhas irresponsáveis e criminosas** dos donos da boate e dos músicos que tocaram naquela noite – **seguem em liberdade**, em um caso no qual até mesmo os pais foram réus.
Reproduzir e disponibilizar, em forma de produção audiovisual, o acontecimento no Brasil foi um ato de coragem para lembrar que essa **luta** ainda persiste, pois precisa ter uma **solução digna**.
