A **Câmara dos Deputados** se reúne nesta segunda-feira (09), de forma remota, às 20h30 para analisar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, assinado no domingo (08) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
O pedido do presidente da República vai a votação para ser ratificado, ou seja, **não haverá possibilidade de emendas ou outras alterações no texto**. A proposta tramita em caráter de urgência e será relatada por um deputado a ser designado pelo **presidente da Câmara, Arthur Lira (PP)**. Se for aprovado, o pedido de intervenção segue para a análise do Senado Federal.
**A votação ocorre após ato convocatório do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que acionou a convocação extraordinária do Congresso Nacional** durante o prazo necessário para analisar o decreto do Executivo. Reunidos na manhã desta segunda-feira, os presidentes dos Três Poderes também divulgaram nota em defesa da Democracia contra os atos golpistas.
**Invasão**
A intervenção foi decretada como **resposta aos atos de vandalismo realizados no domingo no Distrito Federal**. Golpistas invadiram e depredaram os palácios do Congresso, do Planalto, e do Supremo Tribunal Federal em contestação ao resultado das eleições e em defesa de golpe de Estado. Os atos foram convocados pelas redes sociais.
O decreto a ser analisado pelos deputados e senadores determina a intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal **até 31 de janeiro de 2023** com o objetivo de encerrar “_grave comprometimento da ordem pública no Distrito Federal marcado por atos de violência e invasão de prédios públicos_”.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, foi nomeado interventor e terá o controle operacional de todos os órgãos distritais de segurança pública no período.
Até o momento, mais de 1 mil manifestantes foram detidos para esclarecimentos e mais de 300 foram presos em flagrante. **Após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, foi desmontado o acampamento existente no quartel-general do Exército, em Brasília, desde a vitória eleitoral do presidente Lula**. Também foi afastado, por 90 dias, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
_Com informações da Agência Câmara de Notícias_