Um estudo realizado pela **Nielsen** investigou as tendências de **consumo** para as **mulheres brasileiras**. Para cada grupo de produtos, as consumidoras apresentaram características semelhantes e, dentro desse cenário de consumo, foram classificadas em três diferentes perfis: a **despojada** (16,7%), a **prática** (56,4%) e a **vaidosa** (36,4%).
Segundo a pesquisa, as mulheres **economizam** mais do que os homens em gastos com gás e eletricidade (70% versus 57%), compras de roupas novas (65% versus 46%), entretenimento fora de casa (65% versus 57%) e troca de marcas de produtos de mercearia com melhor custo-benefício (53% versus 35%).
A publicação também revelou que, com o dinheiro que sobra, as brasileiras preferem **investir** em itens para melhorias do lar e roupas novas, enquanto os homens optam pela compra de novos produtos tecnológicos e pelo pagamento de dívidas.
Dayhemilly Nogueira, fundadora da **Cygnuss** – empresa que atua com vendas de lingeries em _e-commerces_ -, chama a atenção para o fato de que o perfil da mulher prática representa **mais da metade da população feminina**, o que explica o porquê a cultura na decisão de comprar uma peça de roupa sempre incentiva a mulher a levar um manequim a mais do que está acostumada a vestir.
Nogueira também destaca que o hábito de comprar roupas maiores têm uma relação direta com a tendência de sobrepeso. Hoje em dia, mais da metade (60,3%) dos brasileiros com mais de dezoito anos apresenta excesso de peso, o que representa 96 milhões de pessoas, segundo dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) 2020, que identificou a prevalência de sobrepeso no público feminino (62,6%) em relação ao masculino (57,5%).
Para a empresária, outro detalhe que chama a atenção é que as mulheres tendem a comprar mais de marcas líderes do que os homens, e que 28% tendem a comprar roupas novas e cuidados com a beleza com a economia do salário.