O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta sexta-feira (12), que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, continuará no cargo “apenas por teimosia”,. A declaração ocorreu como resposta às críticas feitas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chamou Padilha de “incompetente”.
Durante a inauguração da sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfevea), em São Paulo, Lula comparou a posição de Padilha a um casamento, destacando que o ministro está em um momento de cobrança, mas permanecerá no cargo devido à sua capacidade de lidar com a diversidade no Congresso Nacional.
O Partido dos Trabalhadores (PT) também emitiu uma nota em defesa de Padilha, expressando “irrestrita solidariedade” ao ministro e ressaltando sua competência.
As críticas de Lira surgiram após a votação na Câmara que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), com o presidente da Casa demonstrando contrariedade em relação à suposta interferência do governo no processo.
Padilha, por sua vez, se defendeu das acusações de Lira durante um evento no Rio de Janeiro, afirmando que não descerá “a esse nível” e que continuará atuando sem “rancor”.
O ministro enfatizou que o governo defendeu a manutenção da prisão do parlamentar com base em um processo de investigação de seis anos.
A preocupação dos governistas é que a crise entre Padilha e Lira possa afetar a votação de propostas de interesse do Executivo no Congresso Nacional.