A 3ª Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou à Corregedoria-Geral da Polícia Militar do DF a abertura de um procedimento de investigação preliminar para esclarecer a suposta participação compulsória de policiais militares em um evento religioso. A decisão é reação à reportagem das jornalistas Juliana Dal Piva e Karla Gamba, do ICL Notícias.
Segundo informações recebidas pelo MP, o tenente-coronel Rodrigo da Silva Abadio, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar teria obrigado os policiais sob seu comando a comparecerem à “Formatura Geral” realizada na sede de uma Igreja Universal, localizada na Asa Sul.
A solicitação foi feita após o conhecimento de que os policiais teriam sido convocados para o evento por meio de um grupo de WhatsApp na noite anterior da realização do encontro, ocorrido na terça-feira (27). Os policiais, uma vez escalados, não poderiam faltar ao evento, mesmo que estivessem de folga na data.
Além disso, foi indicado pela reportagem do ICL de que o comando teria disponibilizado transporte oficial saindo da sede do batalhão às 7h15.
Diante desses fatos, o MPDFT também requereu à Justiça o afastamento do tenente-coronel do comando do 6º Batalhão de Polícia Militar, bem como sua transferência de unidade, até que as investigações sejam concluídas.
De acordo com o MP, os elementos apurados até o momento indicam possíveis violações, incluindo crimes previstos no Código Penal Militar, tais como peculato, prevaricação, inobservância da lei, regulamento ou instrução, aplicação ilegal de verba ou dinheiro, abuso de confiança ou boa-fé, patrocínio indébito, usurpação de função, além da prática de improbidade administrativa prevista na Lei nº8.429/92.
O GPS|Brasília tenta contato com a corporação e o texto será atualizado assim que houver um posicionamento oficial.
Com informações do MPDFT