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Deputados do DF participam de ato convocado por Bolsonaro em SP

Pelo menos cinco deputados do Distrito Federal fizeram questão de participar do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste domingo (25), em São Paulo. 

Os distritais Joaquim Roriz (PL), Roosevelt (PL), Thiago Manzoni (PL), Iolando (MDB) e a federal Bia Kicis (PL) marcaram presença no movimento de direita, ocorrido na principal avenida da capital paulistana. 

Bolsonaro convocou a manifestação depois de ter sido um dos alvos da operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim) da Polícia Federal (PF), no último dia 8, quando teve que entregar seu passaporte às autoridades. A PF apura a participação do ex-presidente em uma articulação para dar um golpe de Estado que impediria a realização das eleições de 2022 ou a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Não adianta amaciar discurso nem posar de vítima, o Brasil e o mundo conhecem o prontuário antidemocrático, ditatorial e fascista de Jair Bolsonaro. Continua sendo e sempre será uma ameaça à democracia, ao estado de direito e à paz. O que Bolsonaro fez foi terceirizar para Malafaia os ataques que sempre fez à Justiça, às instituições e à verdade”, escreveu Gleisi, no X (antigo Twitter).

“O discurso de Bolsonaro foi típico de um farsante, do começo ao fim. Devia ter apresentado à Polícia Federal sua versão fabulosa sobre o decreto de golpe. Seria confrontado com as provas da conspiração, que previa tropas na rua e prisão de ministros e adversários”, emendou a petista. Na visão da deputada, ao pedir anistia para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente está mirando sua própria impunidade. “Com golpista não tem que ter complacência, a começar pelo chefe de todos eles.”

Após o ato deste domingo, aliados de Bolsonaro no Congresso tentam dissociar o ex-presidente dos ataques feitos por Malafaia a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Deputados e senadores de oposição ao governo Lula ressaltam que a maioria dos discursos no trio elétrico montado na Avenida Paulista foi em tom pacífico e dizem que Bolsonaro deu seu recado sem afrontar ninguém.

Um dos organizadores da manifestação, Malafaia afirmou que há uma “engenharia do mal” para prender Bolsonaro. No trio elétrico, em São Paulo, o religioso também criticou pessoalmente o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, e o ministro da Corte Alexandre de Moraes.

Malafaia começou o discurso dizendo que não estava ali para atacar o STF. Ao longo da fala, contudo, fez uma série de críticas ao Judiciário e chamou Bolsonaro de o “maior perseguido político” da história do País. “O sangue de Clécio está na mão de Alexandre de Moraes e ele vai dar conta a Deus”, disse o pastor, em referência a um dos presos pelos ataques de 8 de janeiro, que morreu na cadeia.

 

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