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Mulher perde parte da boca após intervenção: saiba riscos do preenchimento

O episódio que viralizou nas redes sociais envolvendo a balconista de farmácia Mariana Michelini, de 35 anos, traz à tona os perigos associados ao uso do polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos estéticos. Mariana, residente em Matão, município de São Paulo, enfrentou uma série de complicações após se submeter a uma harmonização facial que resultou na perda de parte de sua boca e do queixo.

Em conversa com o GPS|Brasília, o dermatologista Wesley Ferreira, de Brasília, especialista em procedimentos estéticos, alertou para os riscos do uso do PMMA. “O PMMA é um produto injetável definitivo, quando usado esteticamente. Mas, e daí? Qual o problema em ser definitivo? Isso não é uma grande vantagem? Não, muito pelo contrário!”, afirmou o médico.

Segundo o especialista, o PMMA apresenta uma série de desafios, desde complicações estéticas a problemas graves de saúde. “Um dos menores problemas é que, com o passar do tempo, nosso rosto e nosso corpo mudam muito, e um procedimento que ficou bom inicialmente poderá deixar a sua aparência muito desagradável e até deformada dentro de algumas décadas”, explicou.

O especialista ressaltou ainda que o PMMA, uma vez injetado, é envolvido por uma cápsula que pode ser povoada por bactérias, causando graves problemas com o tempo. “Estudos mostram que o simples contato com uma agulha introduzida na região com PMMA pode causar graves problemas”, alertou. 

O caso de Mariana é um exemplo gritante desses riscos. A mulher, que esperava apenas melhorar a própria aparência, acabou se tornando vítima de uma reação grave, seis meses após o procedimento. A princípio, a harmonização agradou a paciente, mas depois de um período, ela relatou ter acordado inchada e com dores.

Ferreira também disse estranhar o fato de a reação ter aparecido tanto tempo após o procedimento estético. “Se for confirmado, será mais um risco a ser incluído nessa lista”, frisou.

Ao contrário de outros preenchedores, como o ácido hialurônico, o PMMA não é reabsorvido pelo organismo, o que torna seus efeitos permanentes. “Isso poderia ter sido a causa do que ocorreu com os lábios da jovem, no triste caso vindo à tona, se tivesse ocorrido de imediato”, explicou o médico.

Na busca por uma solução após o efeito colateral, Mariana relatou ter enfrentado um longo e doloroso processo de tratamento. Ela passou por intervenções médicas, incluindo cirurgias para a remoção do PMMA, mas ainda enfrenta dificuldades para se comunicar e se alimentar. 

Por isso, o caso dessa paciente ressalta a importância de escolher profissionais especializados e responsáveis na hora de realizar procedimentos estéticos.

“Tudo isso só reforça a necessidade de se escolher profissionais especialistas, experientes e responsáveis na hora de realizar qualquer procedimento estético”, concluiu o médico.

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