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Doenças de verão: saiba quais são e como evitá-las – Parte 2

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Com a continuação da série sobre doenças de verão, é preciso se atentar a mais enfermidades além do pano branco e da dengue, abordadas na Parte 1. Entre as patologias relacionadas à estação, as preocupações se voltam também para a infecção urinária e para a candidíase.

Nesse cenário desafiador do verão, estas informações se tornam fundamentais para promover a saúde e o bem-estar. Compreender as particularidades dessas condições sazonais é essencial para adotar uma abordagem proativa, já que o aumento da temperatura e da umidade cria um ambiente propício para o desenvolvimento dessas doenças.

 

Infecção Urinária

Segundo o Dr. Arthur Seabra, clínico geral e coordenador da Emergência do Hospital Santa Lúcia, a infecção urinária é causada por microorganismos patogênicos, especialmente enterobactérias como a Escherichia coli, presentes na microbiota fecal.

Quanto aos sintomas, o profissional esclarece que os mais comuns incluem ardência e/ou desconforto ao urinar, vontade frequente fazer xixi, dor na região suprapúbica e alterações na urina, como turvidez e odor fétido. Em casos mais graves, febre, náuseas e dor lombar podem ocorrer.

Seabra alerta para as possíveis complicações. “A infecção, inicialmente restrita à bexiga, pode progredir para os ureteres e rins, gerando complicações como abscesso renal, bacteremia, sepse e insuficiência renal”, comenta.

Sobre a relação da infecção urinária com o verão, o médico destaca que o aumento da incidência nessa estação pode ser atribuído à maior transpiração nos dias quentes, que, se não acompanhada por uma ingestão hídrica adequada, concentra a urina, propiciando o crescimento de microorganismos.

Além disso, passar tempo prolongado com roupas íntimas úmidas contribui para esse cenário. “Há mais transpiração nos dias quentes e, se não há ingesta hídrica adequada, a urina fica mais concentrada o que propicia o crescimento de microorganismos”, afirma.

Em relação ao tratamento, ele informa que é feito com antibióticos por um período determinado, variando de 1 a 7 dias, dependendo da gravidade. Grupos de risco incluem pessoas com diabetes, gestantes, pacientes imunossuprimidos e aquelas com anormalidades na anatomia do trato urinário.

 

Candidíase

A médica Jéssica Othon, ginecologista do programa Cuidar+ Mulher do Hospital Santa Lúcia, esclarece que a candidíase vulvovaginal é uma infecção causada pelo fungo do gênero Candida, principalmente Candida albicans. “Quando há desbalanço, esses fungos, que normalmente estão presentes em pequena quantidade, proliferam causando sintomas”, conta.

Quanto à faixa etária mais propícia para a candidíase, a Dra. Jessica explica que mulheres em idade reprodutiva são mais suscetíveis devido a ciclos hormonais, uso de contraceptivos e traumas causados por relações sexuais. “Alterações hormonais e o uso de anticoncepcionais podem predispor à candidíase”, explica.

Os sintomas, de acordo com a ginecologista, incluem coceira vaginal, corrimento grumoso e a ausência de mau cheiro. Ela diferencia os sintomas das infecções bacterianas, destacando que a candidíase não possui o odor forte característico dessas.

Não há níveis específicos de candidíase, mas a profissional menciona a importância de identificar o tipo de Candida envolvida para um tratamento direcionado. ”O tratamento sempre é feito com antifúngicos, por se tratar de um fungo, mas esse medicamento pode ser administrado via oral ou por meio de pomada vaginal”, afirma.

Sobre a relação com o verão, Jéssica explica que os fungos prosperam em ambientes quentes e úmidos, característicos desta estação. Ela destaca medidas preventivas, como manter a região genital arejada e evitar roupas molhadas por tempo prolongado.

Sobre os problemas ocasionados, a ginecologista esclarece que, apesar de impactar a qualidade de vida, a candidíase não está associada a complicações graves. Já em casos de candidíase recorrente, o tratamento é individualizado. “A gente tem diversos fatores que podem contribuir para essa candidiasis ficar voltando ou não ser completamente tratada, é preciso avaliar caso a caso”, finaliza.

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