Nesta quarta-feira (3), o líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, do Partido Democrático, permanece hospitalizado em estado crítico após ser alvo de um ataque com faca. O incidente ocorreu na terça-feira (2), a apenas três meses de uma eleição crucial.
Durante a noite de terça-feira, os cirurgiões dedicaram mais de duas horas para reparar um vaso sanguíneo crucial em seu pescoço, cortado durante o ataque. O líder do Partido Democrático, Hong Ik-pyo, classificou o atentado como um ato de terror que desafia e ameaça a democracia. Durante uma reunião do conselho de liderança do partido, ele instou uma investigação rápida e reforço na segurança para figuras políticas de alto escalão, levantando questões sobre a segurança nas campanhas em um país com histórico de violência política, apesar das restrições rigorosas ao porte de armas.
Jin Jeong-hwa, um apoiador do partido que testemunhou o ataque, argumentou que o incidente evidenciou a necessidade urgente de uma segurança mais robusta e profissional para os líderes políticos, indo além da simples presença policial de monitoramento.
Destacando a questão da segurança, Jin declarou em uma entrevista à agência Reuters que líderes da oposição, como Lee, deveriam contar com uma equipe de segurança dedicada. Ele enfatizou que, com base em sua experiência em eventos políticos, ficou claro que Lee estava excessivamente exposto a ameaças à sua segurança pessoal.
Lee Jae-myung, um progressista conhecido por seu discurso contundente, que quase venceu a eleição presidencial de 2022, estava reunindo o partido para manter a maioria parlamentar contra os conservadores do presidente Yoon Suk Yeol.
A eleição está agendada para 10 de abril, com os conservadores buscando recuperar a maioria pela primeira vez desde 2016, apoiando as políticas pró-negócios de Yoon, incluindo cortes de impostos, desregulamentação e reformas sociais.