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Amazônia apresenta menor taxa de desmatamento em novembro

Os dados representam uma redução de 80% em relação à área desmatada em 2022
Foto: Marcio Isensee

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Em novembro, a Amazônia apresentou a maior queda na taxa de desmatamento do ano, conforme apontado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), com base no Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), uma ferramenta de monitoramento por satélite desenvolvida pelo próprio instituto em 2008.

Os dados indicam uma perda de vegetação de 116 km², representando uma redução de 80% em relação à área desmatada em 2022, que totalizou 590 km². No acumulado de janeiro a novembro, houve uma redução de 62%, passando de 10.286 km² em 2022 para 3.922 km² em 2023, marcando a menor taxa desde 2017.

O desmatamento em novembro de 2023 foi observado principalmente nos estados do Pará (32%), Roraima (16%), Mato Grosso (15%), Amazonas (12%), Acre (9%), Maranhão (8%), Rondônia (6%) e Tocantins (2%). Mesmo com quedas significativas, Pará, Amazonas e Mato Grosso ainda respondem por 74% da área desmatada. Outros estados, como Rondônia, Acre e Maranhão, apresentaram redução na derrubada, enquanto Amapá (240%), Tocantins (33%) e Roraima (27%) registraram aumento.

Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon, destaca a necessidade de reduzir a taxa de desmatamento nos próximos anos para atingir a meta de desmatamento zero na Amazônia até 2030. Ele ressalta a importância desse esforço, especialmente após a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), onde houve pressão por reduções mais significativas nas emissões para combater o aquecimento global.

Quanto à degradação florestal, observou-se um aumento pelo segundo mês consecutivo em novembro, atingindo 1.566 km², representando um aumento de 112% em relação a 2022. O Pará foi o estado mais afetado, concentrando 70% do dano ambiental, seguido por Maranhão (12%), Amazonas (8%), Mato Grosso (6%) e Rondônia (4%). Apesar da redução na degradação de janeiro a novembro (de 9.127 km² em 2022 para 5.042 km² em 2023), essa queda foi menor do que a registrada no desmatamento, sendo atribuída, em parte, às queimadas em estados como Amazonas e Pará, cuja fumaça afetou cidades como Manaus e Santarém.