O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou a advogada baiana Vera Lúcia Santana Araújo como ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A futura magistrada vai substituir Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, que deixa o tribunal em razão do término do seu mandato. O nome da jurista foi escolhido após ser referendado em uma lista tríplice pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Vera Lúcia será a segunda mulher negra a integrar a Corte. Em junho, o presidente já havia nomeado Edilene Lobo para compor a Corte. A advogada, de 63 anos, já havia integrado a lista tríplice do TSE no ano passado, mas o indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o ministro André Ramos Tavares.
O despacho com a indicação de Vera Lúcia foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) deste sábado (23). Integravam a lista tríplice outras duas mulheres: a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia, Daniela Borges, e a professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Marilda de Paula Silveira.
A nomeação da advogada ocorre após pressões da sociedade civil para que Lula indique mais mulheres negras nas cortes superiores. Para o STF, o petista indicou dois homens brancos para os postos: Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Quem é Vera Lúcia
Filha de garimpeiro e de uma professora, Vera Lúcia nasceu em Livramento de Nossa Senhora, na Bahia e se formou em direito em Salvador. Atualmente, compõe o Conselho Econômico e Social da Presidência da República e faz parte da coordenação executiva da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
Ela foi uma das fundadoras da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal, diretora da Fundação Cultural Palmares e secretária-adjunta de Políticas para a Igualdade Racial do Distrito Federal.