O dólar operou em alta nesta sessão, em recuperação após forte queda ontem, com fraqueza do euro e da libra após dados mais fracos que o esperado na Europa, apoiando a expectativa de fim das altas de juros por parte dos bancos centrais da região.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,33%, aos 104,394 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 151,39 ienes, o euro recuava a US$ 1,0846 e a libra tinha baixa a US$ 1,2411.
O dólar ganhou algum impulso após a publicação de dados econômicos mistos dos Estados Unidos, que incluem queda mensal do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) em outubro, recuo menor do que o previsto das vendas no varejo entre setembro e outubro e salto inesperado do índice Empire State neste mês.
Apesar dos dados sustentarem a percepção de que os juros do Federal Reserve (Fed) estão no pico, segundo análise da High Frequency Economics, a presidente da distrital de São Francisco da autoridade monetária, Mary Daly, alertou, em entrevista ao Financial Times, que o BC perderia credibilidade se declarasse prematuramente vitória na luta contra a inflação e depois tivesse de aumentar novamente as taxas de juro, apontando que corte na taxa não devem ocorrer por “um tempo”.
No caso do euro, a moeda foi afetada por dados industriais mais fracos da região, indicando uma “vitória” contra a inflação pelo Banco Central Europeu (BCE), segundo o Nordea.
A libra, por sua vez, foi pressionada pela desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido, o que, segundo o ING, deve apoiar um posicionamento menos rígido pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), o que tende a prejudicar o câmbio.
Entre mercados emergentes, o dólar blue subia 4,86%, a 970 pesos argentinos, segundo o jornal Ámbito Financiero após o governo da Argentina descongelar a cotação oficial da moeda americana de 350 pesos argentinos para 353,05 pesos argentinos, conforme relataram operadores a múltiplos veículos de imprensa locais.