O presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF), deputado Chico Vigilante (PT), enfatizou, nesta segunda-feira (4), a relevância do depoimento do General Penteado, mais um dos generais a prestar o testemunho para o colegiado.
No entanto, o parlamentar destacou que ainda existem questões cruciais que precisam ser esclarecidas no decorrer das investigações.
Ao GPS, o deputado expressou a preocupação com o aparente repasse de responsabilidades entre os generais, sem que assumam plenamente suas obrigações.
“É desconcertante observar como esses generais parecem passar a batata quente uns para os outros, sem assumir suas responsabilidades. Fica a nítida sensação de que existia uma enorme lacuna de comunicação no Gabinete de Segurança Institucional (GSI)”, disse.
O presidente da CPI também reiterou o compromisso da comissão com a imparcialidade.
“Na sessão de hoje da CPI dos Atos Antidemocráticos, eu fiz questão de ressaltar que a democracia no Brasil prosperou e reafirma que nossa CPI é imparcial, sem qualquer viés político, seja de esquerda ou direita. Estamos empenhados em desvendar a verdade dos atos ocorridos em 8 de janeiro. Além disso, enalteci o comportamento exemplar das Forças Armadas em relação à nossa CPI“, emendou.
Sobre o “Plano Escudo”, que se refere ao protocolo de defesa do Palácio do Planalto, Chico Vigilante declarou: “Caso o Plano Escudo tivesse sido acionado, teríamos evitado os trágicos eventos terroristas ocorridos naquele momento” .
O deputado expressou surpresa ao mencionar que o general Penteado afirmou que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não foi convidado para participar da elaboração do plano de segurança para o dia 8 de janeiro, durante a reunião de Segurança Pública do Distrito Federal, realizada no dia 6.
“Agora, cabe a nós investigar se essa exclusão foi intencional, com o objetivo de impedir a atuação do GSI.“