No último sábado (11), a justiça britânica emitiu uma ordem para desligar os aparelhos de suporte vital que mantêm viva a pequena Indi Gregory, de 8 meses. A bebê enfrenta uma grave doença mitocondrial, sem cura. Os juízes recusaram o pedido para transferir Indi para um hospital italiano, apesar da recente concessão de cidadania italiana.
Por meio de nota oficial, o Vaticano revelou que o Papa Francisco está dirigindo seus pensamentos à pequena Indi, após saber da decisão da justiça do Reino Unido. Hospital pediátrico do Vaticano, Bambino Gesu ofereceu a estrutura para cuidar da bebê, mas sem sucesso.
“O Papa Francisco abraça a família da pequena Indi Gregory, seu pai e sua mãe, reza por eles e por ela, e dirige seu pensamento a todas as crianças que, nestas mesmas horas, em todo o mundo, estão vivendo com dor ou arriscando a vida por causa de doenças e guerras”, disse Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
O caso de Indi ganhou a notoriedade após os apelos desesperados de seus pais pela continuação dos suportes vitais. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, manifestou sua intenção de “fazer o que puder” para “defender a vida dela e o direito dos pais de fazerem tudo o que puderem por ela.”
A repercussão começou quando o Queen’s Medical Centre, em Nottingham, afirmou que não havia mais tratamento possível para Indi. Os médicos alegaram que a bebê não possui mais consciência do ambiente ao seu redor e deveria falecer sem sofrimento no hospital.
Os pais, por sua vez, entraram na justiça buscando manter os aparelhos ligados e, mais recentemente, tentaram transferi-la para a Itália na esperança de mantê-la viva.
Na decisão, o juiz do tribunal britânico de apelação, Peter Jackson, classificou o recurso como “totalmente sem mérito”, apoiado pelos demais magistrados. Jackson expressou “profunda preocupação” com os desdobramentos recentes do caso, destacando a difícil posição dos médicos e rejeitando táticas de litígio manipulativas.