Redação GPS Alvo de operações da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira, 2, após o ministro Alexandre de Moraes (STF) determinar busca e apreensão para investigar as relações da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti, personagem da Vaza Jato, a parlamentar afirmou que, mesmo sem que o programador tivesse entregado o prometido para ela, a congressista não teria pedido o reembolso dos valores custeados com recursos públicos.
Durante coletiva de imprensa, na Câmara dos Deputados, logo depois de ter endereços visitados pela Polícia Federal, Zambelli confirmou não ter pedido o ressarcimento ao hacker, o qual havia prometido, segundo ela, conectar o site da congressista com as redes sociais.
“Na imprensa, é fácil encontrar informações de que ele não conseguiu concluir essa tarefa, o que resultou em pagamentos não realizados. Além disso, deveria ter havido uma devolução [dos serviços] que ele não conseguiu efetuar. No entanto, eu não solicitei a devolução, uma vez que ele estava realmente passando por um momento difícil. Os valores envolvidos são baixos, ‘apenas’ R$ 3 mil reais. Não existe qualquer relação entre esse tipo de valor e o que alegam que eu tenha feito. Portanto, também não tenho qualquer tipo de envolvimento”, garantiu.
Segundo a deputada, a relação dela com o personagem da Vaza Jato, que ajudou na vitória do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sairia muito “barata” por “R$ 3 mil”, o que não justificaria a negociação relatada pelo hacker para a PF.
“Pagar R$ 3 mil reais para me envolver nesse tipo de situação e fazer uma brincadeira de ‘mau gosto’ não faz sentido. Como deputada, levo meu papel a sério e tenho clareza sobre o que é certo ou errado. Acredito que não participaria de uma piada de ‘mau gosto’ envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, haja vista o que ocorreu com o deputado Daniel Silveira [que está preso]“, disse.
