O novo secretário de Cultura do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, afirmou, nesta quarta-feira (5), que decidiu prorrogar os prazos exigidos para concorrer ao Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Edital Multicultural 2, o que atende, segundo ele, a um pedido da comunidade cultural.
Durante entrevista exclusiva ao GPS – a primeira desde que assumiu a pasta -, Abrantes também destacou a importância da reabertura do Teatro Nacional e a dinamização das ferramentas legais existentes, como a Lei Aldir Blanc e a Paulo Gustavo, visando ao reconhecimento e apoio à classe artística.
“Minha primeira ação é, inclusive relacionada ao FAC. Hoje a gente assina a prorrogação do FAC do Edital Multicultural 2, que está em andamento e que era um pedido da comunidade, a comunidade cultural, pedindo mais tempo para escrever projetos,”, disse ele ao estender o prazo até o fim da semana. “Tem algo que é muito simbólico para Brasília, que é o Teatro Nacional. Isso, eu já pedi. Já devo ir nos próximos dias acompanhar em que pé que está a obra“, emendou.
Veja a entrevista completa:
Pautas culturais
Defensor das pautas culturais, até mesmo enquanto exerceu mandatos na Câmara Legislativa (CLDF), além de ainda ser reconhecido pelo papel de Jesus Cristo nas encenações sacras do Morro da Capelinha, o novo secretário elogiou o trabalho do antecessor, que deixou a pasta após denúncias envolvendo os desfiles do Carnaval fora de época de Brasília.
“Eu acho que o Bartô fez um trabalho extraordinário. Um dos melhores secretários de cultura que nós já tivemos, aplicou muitas ações positivas para a cultura, tem um legado que ele deixa“, disse.
Sobre as investigações, Abrantes, que é um aliado histórico do governador Ibaneis Rocha (MDB), adiantou que vai colaborar com os órgãos competentes.
“Hoje o que eu tenho de informação são matérias jornalísticas que a gente vai acompanhar quando chegar lá. A minha ideia é realmente trabalhar dentro da cultura, com o diálogo.“
Abrantes expressou seu compromisso em concluir as ações planejadas na gestão do antecessor, valorizando o trabalho realizado pelo ex-secretário e buscando parcerias sólidas para impulsionar a cultura no Distrito Federal.
“Eu entendo um grande sistema em que todos têm as suas atribuições e digo sempre que a cultura, a Secretaria de Cultura ela não faz, não produz cultura, não é ela quem produz, é o artista, o produtor, o backstage. A nossa ideia é fazer a cultura andar, acontecer sempre de uma maneira muito transparente, muito límpida, para que todos os atores dentro desse processo se sintam contemplados“, finalizou.
