Anna Salles
Especial para o GPS Brasília
Em sua edição dourada, o Grande Prêmio do Brasil não poupou os corações dos entusiastas da Fórmula 1. A 50ª corrida em terras paulistas foi um espetáculo de habilidade, estratégia e, sobretudo, resistência. Max Verstappen, que largou da pole, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, marcando sua 17ª vitória em um ano dominado pelo holandês. Lando Norris, seguindo de perto, confirmou o bom momento da McLaren ao manter-se em segundo lugar após uma relargada cheia de tensões.
O palco para a emoção foi rapidamente estabelecido quando Charles Leclerc, o promissor segundo colocado na largada, viu suas esperanças acabarem ainda na volta de apresentação, devido a uma inesperada falha hidráulica. A pista então testemunhou um acidente que acabou por eliminar Kevin Magnussen e Alex Albon da prova, incidente que também trouxe problemas para Nico Hulkenberg, Daniel Ricciardo e Oscar Piastri, este último perdendo uma volta inteira no processo de reparo do seu monoposto.
Após a bandeira amarela e a subsequente relargada, Verstappen e Norris lideraram o grupo, com Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Lance Stroll a seguir. Alonso, numa exibição de mestria ao volante da Aston Martin, aproveitou um pequeno deslize de Hamilton para tomar a terceira posição, façanha que ele defendeu até o final, ultrapassando Perez em uma disputa acirrada que se resolveu por um fio de 0.053 segundo.
A Aston Martin viu ainda Stroll terminar em quinto, uma nota positiva contrastando com Mercedes e Ferrari. Lewis Hamilton lutou contra a maré e a performance de seu carro, terminando em nono, enquanto seu companheiro de equipe, George Russell, abandonou na volta 59, marcando um fim de semana difícil para a equipe prateada. A Alfa Romeo enfrentou decepções similares, com Zhou Guanyu e Valtteri Bottas retirando-se com problemas técnicos.
Pierre Gasly e Yuki Tsunoda representaram bem a Alpine e a Alpha Tauri, finalizando em sétimo e oitavo lugares, respectivamente, contribuindo para as aspirações de suas equipes no campeonato.
As reflexões pós-corrida revelaram a complexidade do circuito e a intensidade da competição. Verstappen falou sobre a batalha constante contra a degradação do circuito, enquanto Norris celebrou o ritmo. Alonso, exultante, narrou seu duelo com Perez, ressaltando a ultrapassagem decisiva que selou seu lugar no pódio.
O GP do Brasil mais uma vez provou ser um desafio implacável, tanto para as máquinas quanto para os pilotos, consolidando-se como uma prova de fogo que entrelaça talento, técnica e a incansável busca pelo triunfo.