Morreu, nesta sexta-feira (3), o renomado jurista Reginaldo Oscar de Castro, que ocupou o cargo de presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aos 81 anos. Nome respeitado no cenário jurídico do País, o advogado estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações de saúde após enfrentar um câncer.
A carreira de Reginaldo Oscar de Castro foi marcada por sua contribuição inestimável ao mundo jurídico. Além de ter ocupado a presidência da OAB, ele se destacou como advogado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao longo de sua trajetória, Reginaldo foi um defensor incansável de melhores condições de trabalho para advogados e da segurança jurídica no Brasil.
O legado de Reginaldo para Brasília é particularmente notável, uma vez que ele foi fundamental para a realização da construção da sede da OAB no Setor de Autarquias Sul.
Em 1998, durante sua gestão na OAB, que se estendeu até 2001, Reginaldo de Castro convidou o renomado arquiteto Oscar Niemeyer para projetar a nova sede da entidade. Niemeyer, aos 91 anos, aceitou o desafio e doou o projeto à OAB. A construção teve início em 1999 e, até os dias de hoje, o edifício se destaca pela sua modernidade e pela leveza arquitetônica característica do grande arquiteto.
Em decorrência do falecimento, o atual presidente da OAB, Beto Simonetti, decretou um luto oficial de uma semana e expressou sua tristeza pela perda. Ele ressaltou a influência de Reginaldo na advocacia, afirmando que o legado do ex-presidente será reconhecido ao longo da história e que ele inspirou diversas gerações de advogados.
Nota da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recebeu com profundo pesar a notícia do falecimento, nesta sexta-feira (3/11), do membro honorário vitalício Reginaldo Oscar de Castro, presidente nacional da instituição de 1º de fevereiro de 1998 a 31 de janeiro de 2001. O atual presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, determinou a realização de uma semana de luto.
“O sentimento é de tristeza. Quem nos deixou foi um dos gigantes da advocacia, mas também um ser humano sem igual, generoso e solidário. É uma perda muito dolorida”, afirma Simonetti.
“Pessoalmente, é um dia muito triste. O legado do presidente Reginaldo Oscar de Castro para a advocacia ainda será dimensionado de acordo com sua real grandeza pela história. Mas posso testemunhar que ele inspirou diversas gerações de colegas, inclusive a minha. Em especial, tive a oportunidade de conviver com ele desde a infância, por causa de sua amizade com meu pai, e pude tê-lo presente durante minha formação e crescimento profissional. Faremos de tudo para que sua luta pela efetivação da Constituição e da democracia tenha o lugar que merece ao lado das realizações dos que, assim como ele, foram os grandes líderes da advocacia de nosso tempo”, diz Simonetti.