A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou, neste domingo (30), ter participado de uma missa “em ação de graças pela vida e saúde de Anderson Torres”. Ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Torres também foi secretário de Segurança Pública quando Brasília sofreu as invasões do dia 8 de janeiro.
Numa publicação nas redes sociais, Damares Alves, que foi ministra da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, afirmou que esteve com a filha em orações pela saúde do ex-colega de Esplanada dos Ministérios. A corrente religiosa ocorreu numa paróquia da Asa Sul, bairro nobre de Brasília.
“Hoje, minha filha e eu nos unimos à família e aos amigos do ex-ministro Anderson Torres, durante uma missa, em oração por sua saúde“.
Veja:
Prisão
Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando retornou ao Brasil após uma viagem em família para os Estados Unidos. O ex-ministro é investigado por “omissão dolosa” durante as invasões dos prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Durante as investigações, desmembramentos do inquérito passaram a apurar a participação do também ex-secretário de Segurança Pública do DF nos atos antidemocráticos.
Um deles foi a apreensão, na casa de Torres, de uma suposta “minuta do golpe”, rascunho de um possível decreto para tentar alterar o resultado das eleições presidenciais do ano passado.
Além disso, o ex-ministro também é investigado por ter trabalhado para, supostamente, usar a estrutura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), enquanto ainda ocupava a pasta da Justiça, para tentar impedir eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então candidato), a conseguir chegar nas urnas durante o segundo turno do ano passado.
Os pedidos de soltura de Anderson Torres foram negados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa argumenta que o ex-ministro estaria deprimido e que até teria falado em “suicídio”.
Torres não está enclausurado num presídio comum: ele está recluso num batalhão da Polícia Militar (PMDF), com benesses garantidas, como TV e frigobar, a quem pode ser ameaçado se incluído na população carcerária nacional.
Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, pediu uma avaliação psiquiátrica do ex-ministro da Justiça para decidir se autoria a transferência dele para uma unidade de saúde pública.