Caio Barbieri A Igreja Messiânica Mundial do Brasil reuniu seus fiéis, em Brasília, na noite desta quinta-feira (2), durante uma emocionante celebração em homenagem aos entes queridos que já se foram. A filosofia religiosa oriental cultua os ancestrais como uma maneira de expressar a gratidão pela vida atual e, por isso, congrega seguidores em todo o Brasil, incluindo Brasília.
O 2 de novembro, Dia de Finados, é considerado um dos mais importantes para a religião de origem japonesa, que acolhe milhares de simpatizantes e missionários em todo o País. O objetivo da filosofia é despertar, dentre outras questões, a importância das gerações passadas para a existência da população que vive nos dias atuais.
O reverendo Sandro Vieira Nunes, responsável pela região Centro-Oeste, enfatizou na palestra: “Se estamos aqui nos dias de hoje, há uma linhagem anterior responsável por isso”.
O líder religioso esteve mais cedo em São Paulo, onde está localizado o Solo Sagrado do Brasil, às margens da represa de Guarapiranga, que é uma espécie de parque ecológico e responsável por abrigar o principal templo da Igreja Messiânica no Brasil. Lá, os fiéis de todo o País também se reúnem para cultuar os antepassados.
A fé messiânica orienta seus seguidores a sempre agradecer aos familiares que já partiram. Segundo o reverendo, mais de 80 mil nomes foram registrados nas listas encaminhadas por simpatizantes ao templo regional. Esses ancestrais foram objeto de orações na sede da igreja em Brasília, a principal na região Centro-Oeste.
O reverendo explicou: “Quando um familiar é cultuado, todos os outros entes também recebem a oração por afinidade para a elevação espiritual e, com isso, esse número chega a ser incalculável”, disse.
Além do Finados, a Igreja Messiânica convoca os fiéis, especialmente, para o dia 15 de junho, quando comemoram o Dia do Paraíso Terrestre, e para o 23 de dezembro, data do natalício de Mokiti Okada, fundador da igreja e chamado de Meishu-Sama pelos seguidores da filosofia oriental.
Uma vez a cada 30 dias, os missionários do templo religioso, localizado na EQN 315/16, também realizam um culto mensal de gratidão por todos os dias do mês que se passou e, da mesma forma, pelas graças obtidas no período.
Além da prática de lembrar daqueles que já se foram, a Igreja Messiânica também prega a alimentação natural – como forma de fortalecer o corpo -, a valorização do belo – caracterizado pelas artes de todas as formas e, principalmente, pela Ikebana, arranjos florais de origem oriental – e, ainda, a prática do Johrei – oração criada pela filosofia e que é feita apenas pelos missionários por meio da imposição das mãos.
