Pelo menos 10 requerimentos para quebra de sigilo de integrantes das depredações do dia 8 de janeiro estão na pauta da próxima reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos antidemocráticos na Câmara Legislativa (CLDF).
Além disso, a CPI também deve aprovar o acesso aos dados bancários e fiscais, também, de quatro empresas por suspeitas de envolvimento em financiamento, direto ou indireto, do acampamento no Quartel General do Exército, de onde os acusados pelos atos de vandalismo saíram em caminhada até a Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
Os deputados Joaquim Roriz Neto (PL) e Chico Vigilante, presidente da CPI, tentam, com os dados a serem obtidos, mapear os elos entre pessoas físicas e jurídicas que ajudaram a contribuir com a depredação dos prédios públicos de Brasília.
De acordo com a pauta, há ainda a previsão da CPI analisar os requerimentos para convocação do blogueiro bolsonarista Osvaldo Eustáquio, do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e de outros 7 nomes que podem contribuir para as investigações sobre os atos de militantes radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, tanto os do dia de 12 de dezembro quanto os de 8 de janeiro.
*Atualização em 15/03 às 12h12: A CPI retirou de pauta os pedidos de quebra de sigilo de manifestantes do dia 8 de janeiro.
Veja os nomes que estão na mira da CPI:
- Alessandra Faria Rondon
- Alcimar Francisco da Silva
- Carlos Eduardo Bon Caetano da Silva
- Edmar Miguel
- Eliane Navarro
- Francisco Donizete da Silva
- Gilson, conhecido como “Gilson da autoescola”
- José Paulo Alfonso Barros
- José Ruy
- José Donizete Corrêa
Empresas:
- WS Promoções Eirelli
- Azê Mídia Ltda
- Layout Propaganda Ltda
- Look Painéis Ltda
Possíveis convocações:
- Oswaldo Eustáquio
- General Augusto Heleno Ribeiro Pereira
- Kátia Aquino
- Leandro Soares
- Rubem Abdalla
- Alexandro Lermen
- Diego Albs Passos
- General Carlos José Russo Assumpção, ex-secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes, ex-comandante do Batalhão de Guarda Presidencial