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À CPI, ex-subsecretária confirma alertas sobre planos radicais antes de 8/1

Marília Alencar coordenava área de Inteligência da Segurança do DF e prestou depoimento. Acompanhe ao vivo

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Matéria atualizada às 12h06 de 09/03/2023

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa que investiga os atos antidemocráticos colhe o depoimento, nesta quinta-feira (9), de Marília Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Segurança Pública do Distrito Federal.

 

Para os deputados distritais, a delegada federal concursada confirmou ter repassado informes às demais áreas de segurança sobre possíveis ações de radicais no dia 8 de janeiro, data que ocorreram as depredações dos prédios públicos em Brasília. 

 

Todas as informações [que chegaram] circularam. Tudo que tinha foi recebido e repassado Na [Subsecretaria de] Inteligência, eu posso afirmar que as informações fluíram. Tudo que chegou foi analisado, informado e repassado”, disse.

 

Marília Alencar informou, contudo, que as atribuições legais do cargo se limitavam a colher e repassar os alertas às equipes das áreas operacionais e de liderança para as tomadas ou não de decisão pelo comando da pasta.

 

Segundo ela, a área a qual respondia até o mês de janeiro apenas colhia os informes para abastecer o comando da Secretaria de Segurança. 

 

Alencar detalhou que, embora tenha reunido as informações para a SSP, cada força de segurança local tem o próprio setor de inteligência e, por isso, tem autonomia própria para a tomada de decisões específicas.

 

Para a CPI, a ex-subsecretária também confirmou ter tomado conhecimento do plano operacional para garantir a segurança no dia 8 de janeiro, mas não quis opinar sobre o fracasso estratégico, que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes da República.

 

VEJA O DEPOIMENTO PARA A CPI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS:

 

 

Ausência

 

A comissão trabalhava para ouvir o ex-secretário de Segurança Anderson Torres, que está preso desde o dia 14 de janeiro, mas uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu ao investigado o direito ao silêncio.

 

Por isso, em acordo com a defesa do ex-secretário, a comissão aprovou requerimento para colher o testemunho de Torres em reunião fechada, sem a exposição da imagem para a imprensa. A sessão será na próxima quinta-feira (16), às 10h.

 

Na semana passada, a CPI colheu o depoimento de Fernando Oliveira Sousa, ex-secretário-executivo da Segurança Pública. O testemunho indicou uma possível omissão de oficiais da Polícia Militar (PMDF) para coibir os ataques contra os prédios públicos em 8 de janeiro.