O acordo na **Câmara Legislativa** para acomodar o deputado **Chico Vigilante** (PT) na presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar **atos antidemocráticos**, em Brasília, foi o pontapé para o andamento das investigações.
Sanadas as diferenças sobre o comando dos trabalhos, os integrantes do grupo já antecipam **personagens** que devem colaborar com as investigações parlamentares. A relatoria será do deputado João Hermeto (MDB).
Integrante do grupo, o deputado distrital **Joaquim Roriz Neto** (PL), por exemplo, adiantou que já [trabalha em dois requerimentos](https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-02/chico-vigilante-presidira-cpi-distrital-dos-atos-antidemocraticos) de convocação para a CPI.
Segundo ele, o depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF **Anderson Torres**, que está preso em Brasília, assim como o do mecânico **Antônio Cláudio Alves Ferreira**, identificado como o autor da **destruição do relógio dado ao Brasil na época de Dom João VI** (foto em destaque), estão na fila para avaliação dos demais integrantes do colegiado.
**CPI**
A Câmara Legislativa do DF saiu na frente e acabou aprovando a instalação da CPI para identificar autores, incentivadores e até financiadores dos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes.
O prazo para a conclusão dos trabalhos é, a princípio, de 180 dias, podendo ser prorrogado. A aprovação dos trabalhos foi unânime entre os 24 integrantes do parlamento local.
Se entre distritais houve consenso, no Senado Federal, contudo, o clima é bem diferente.
Embora haja assinaturas suficientes para o início regimental dos trabalhos, não existe, pelo menos até agora, vontade política do Palácio do Planalto para o andamento das investigações.
No caso dos distritais, por ser CPI local, a apuração une poderes de investigação de uma comissão de Assembleia Legislativa com a de Câmara de Vereadores. Sendo assim, os trabalhos têm limitações.
Segundo **regimentalistas** da Casa ouvidos pela coluna, os parlamentares da CPI não podem, por exemplo, **convocar** servidores da área federal ou mesmo integrantes do Exército brasileiro.
Da mesma forma, a comissão precisa contar com a boa vontade para tentar ouvir, a partir de um convite, membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, caso estejam envolvidos nas apurações.
Mesmo com a restrição imposta, o presidente dos trabalhos, Chico Vigilante (PT), diz que a apuração dos responsáveis será rigorosa.
“_Quero deixar claro, também, para muita gente que fala que CPI sempre dá em pizza: essa, eu garanto que não terminará dessa forma. Não somos pizzaiolos_”, garantiu.