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Senadora Eliziane recebe escolta após ameaças de morte

Decisão de fornecer a escolta foi autorizada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Relatório de CPMI pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60
Sob relatoria da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a CPMI do 8 de Janeiro é formada por 16 senadores e 16 deputados federais titulares, com igual número de suplentes, que investigaram a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília / Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, passará a ser escoltada por três policiais legislativos em razão de ameaças de morte que recebeu nas redes sociais. A decisão de fornecer a escolta foi autorizada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após a senadora denunciar as ameaças durante a votação do relatório da CPMI no dia 19 de outubro.

Eliziane Gama revelou que as ameaças também foram direcionadas aos seus familiares e que os criminosos teriam feito menções a surpreendê-la em aeroportos. A senadora expressou sua preocupação com a segurança, especialmente considerando sua responsabilidade com sua família e sua posição pública.

“Diante de tudo que eu recebi nesse celular e de ameaças, não há dúvida nenhuma que como alguém que tem uma família que precisa de mim, eu preciso de um apoio, de uma defesa,” declarou. “Não podemos subestimar. São pessoas que pelo o que colocam não têm nenhum senso de humanidade,” acrescentou.

As ameaças que Eliziane Gama recebeu foram documentadas por sua equipe e serão encaminhadas à Polícia Federal (PF) e à Advocacia-Geral do Senado. Esses documentos servirão para subsidiar eventuais investigações em relação às ameaças.

A autorização concedida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, permite que os policiais legislativos acompanhem a senadora em diferentes situações, incluindo sua atuação em Brasília, em seu Estado natal, o Maranhão, e durante viagens aéreas.

Eliziane Gama também relacionou as ameaças que recebeu com os embates ocorridos no plenário da CPMI com parlamentares bolsonaristas. Segundo ela, os ataques aumentavam na medida em que se envolvia em confrontos com opositores. O aumento das perseguições coincidiu com o encerramento dos trabalhos da comissão, quando apresentou um relatório sugerindo o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 60 pessoas.