O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que ficou “surpreso” com o baixo efetivo policial para conter os vândalos que invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes da República, no último domingo (8).
A declaração consta no depoimento do emedebista à Polícia Federal, nesta sexta-feira (13), que foi prestado de forma espontânea, sem que tivesse sido intimado.
“_Compareci espontaneamente hoje à Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre tudo o que ocorreu no último domingo. Respondi a todos os questionamentos e espero ter deixado claro que não tive qualquer envolvimento, seja por ação ou por omissão, com os lamentáveis fatos, que volto a repudiar_”, disse.
A defesa de Ibaneis tenta comprovar que não houve omissão do governador para conter os atos terroristas na capital da República.
A interlocutores, Ibaneis Rocha tem dito que foi “sabotado” pelo comando das forças de segurança e que exigiu a prisão de “vagabundos” ao tomar conhecimento do caos na cidade.
Em trecho do depoimento, Ibaneis disse que foi impedido pelo Exército de desmobilizar o acampamento de golpistas no Quartel General, em Brasília.
O então comandante-geral da Polícia Militar, Fábio Augusto Vieira, foi preso após o episódio.
O ex-secretário de Segurança Anderson Torres também é alvo de uma ordem de prisão expedida pelo STF. Ele, contudo, está nos Estados Unidos.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que, caso Torres não retorne até segunda-feira (16), pedirá a extradição dele.