Ranani Nidejelski Glazer, 24 de anos, um dos brasileiros que estavam na festa rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel, no sábado (7), foi encontrado morto na segunda-feira (9). A confirmação da morte foi dada à imprensa por familiares do rapaz e confirmada pelo Itamaraty na manhã desta terça-feira (10). Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Ranani e se solidarizou à família e aos amigos do rapaz.
O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel.
Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de… https://t.co/mNuWvwpBLn
— Lula (@LulaOficial) October 10, 2023
Natural de Porto Alegre, Ranani Glazer vivia em Israel há sete anos, onde também reside o pai. Já a mãe mora em Porto Alegre. Com bi cidadania brasileira e israelense, o rapaz prestou serviço militar no país, trabalhava como entregador e morava com quatro colegas – dois brasileiros, um israelense e um colombiano. Ele é amigo de Rafael Zimerman, brasileiro ferido por estilhaços de uma granada atirada pelo Hamas. Ambos estavam juntos na festa rave, mas se separaram durante a fuga.
Ranani estava na festa acompanhado da namorada, Rafaela Treistman. O casal perdeu o contato em meio à fuga. Pouco depois, Ranani postou um vídeo em rede social em que mostra a fumaça e é possível ouvir o som dos foguetes. Ele ainda narrou a apreensão quando percebeu que se tratava de um ataque, já em um bunker, onde acreditava estar seguro.
“Cara, eu juro que essa situação não tem como inventar. No meio da rave, a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma baixada nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, gente correndo, quilômetros, para achar um lugar pra se esconder, velho“, disse.
O evento em que estavam os brasileiros era uma edição local do Universo Paralello, criado em Goiás pela família do DJ Alok e realizado anualmente em uma praia da Bahia. O pai dele, Juarez Petrillo, conhecido pelo nome artístico de DJ Swarup, estava no local, onde iria se apresentar. O festival foi organizado por uma empresa isralense, que pagou para usar o nome e o modelo do festival brasileiro.
Duas brasileiras que estavam no mesmo festival de música eletrônica continuavam desaparecidas até a manhã desta terça-feira (10).