Desde 2010 na Alexander McQueen, Sarah Burton deixou a marca na última segunda-feira, 11. A diretora criativa sairá de vez da maison britânica após o desfile na semana de moda de Paris, programado para 30 de setembro. De fato, 2023 tem sido um ano de reorganização para essas labels, isso porque além de Sarah, desde janeiro pelo menos cinco diretores criativos deixaram assinaturas de luxo. Prada, Chloe e até mesmo Tom Ford ficaram orfãs de suas principais mentes brilhantes, sendo alguns substituídos e outros não.
Com esse troca-troca ou a espera para sabermos os nomes dos próximos criativos a assumirem os cargos, as coisas podem ficar um pouco confusas. É por isso que a Ronda da Moda está especial nesta semana. Para organizar aqueles que saíram e entraram nas maisons recentemente, a reportagem fez esta matéria para deixar os nossos leitores sempre informados.
1. Chloé
A estilista Gabriela Hearst anunciou sua saída da Chloé em julho. Ela assumiu o cargo de diretora criativa em dezembro de 2020, sucedendo Natacha Ramsay-Lev, e apresentará sua última coleção para a marca francesa, agora, na temporada primavera-verão 2024.
Gabriela soube usar as raízes francesas e o minimalismo da Chloé a seu favor, trazendo coleções modernas e elegantes. Desde quando assumiu o cargo de diretora criativa, dedicou-se a transformar a marca francesa em uma empresa comprometida com um futuro mais sustentável, usando tecidos mais ecológicos em suas criações, por exemplo.
Ainda sem um rumo definido, Gabriela tem feito algumas parcerias, uma delas com a Fueguia 1833, uma marca de perfumes francesa.
2. Tom Ford
Dos diretores criativos que deram tchau em 2023, Tom Ford foi um deles. O designer apresentou a última coleção para a sua marca homônima em abril. O estilista saiu da direção criativa após a vender a label para a Estée Lauder por USD 2.8 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões).
Houve um burburinho de que Tom poderia voltar para a Gucci após a saída de Alessandro Michele, mas a informação não passou de especulação.
Apesar de não se saber o motivo real da saída de Tom Ford do mundo da moda, o companheiro do designer, Richard Buckley, morreu em setembro de 2021, deixando além do marido, um bebê. O ocorrido afetou bastante a vida de Tom e esse pode ser um dos motivos pelo qual o designer se resignou de seu universo profissional.
3. Prada
Fabio Zambernardi deixará a Prada em outubro. Entre os diretores criativos que estão de saída ou já saíram, ele foi o que ficou o maior tempo na marca: 40 anos, sendo 30 a frente do design da maison. Zambernardi era um dos braços direitos de Miuccia Prada, inclusive na gestão da Miu Miu.
A saída de cena de Zambernardi faz parte da reestruturação da Prada, que está de olho nas gerações futuras. Desde janeiro, um novo CEO está a frente da label, Andrea Guerra, que foi convidado por Patrizio Bertelli e Miuccia a fim de realizar essas transições.
4. Alexander McQueen
Foram 27 anos de colaboração com a marca, sendo 13 a frente da direção criativa. Sarah Burton é mais uma das que saem do cargo de uma label mundialmente conhecida.
O motivo da saída não foi divulgado ainda, mas a designer, em sua mensagem de despedida, mostrou que ainda está na pista da moda. A criativa afirmou que “Estou ansiosa pelo futuro e pelo meu próximo capítulo”.
“Estou muito orgulhosa de tudo o que fiz e da minha incrível equipe na Alexander McQueen. Eles são minha família e esta tem sido minha casa nos últimos 26 anos. Acima de tudo, quero agradecer a Lee Alexander McQueen. Ele me ensinou muito e sou eternamente grata. Estou ansiosa pelo futuro e pelo meu próximo capítulo e sempre carregarei esse tempo precioso comigo”, declarou Burton.
Virgil Abloh morreu em novembro de 2021 e, desde então, a marca de luxo estava sem um dos seus diretores criativos mais relevantes da história. Em fevereiro deste ano, então, Pharrell Williams foi convidado para assumir o posto.
A expectativa sobre o também cantor era grande frente a grandeza de Virgil Abloh. Não decepcionou! Em seu primeiro desfile, em Paris, Pharrell mostrou para o que veio e iniciou o seu ciclo criativo na maison. Sob sua própria ótica, Pharrell apropriou-se das estéticas do quiet luxury e do old money. Além do militarismo fashion, sua grande aposta para a temporada.