As diretorias dos sindicatos dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) e dos Delegados (Sindepo-DF) protocolaram nesta segunda-feira (8), no Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), a contraproposta construída pela categoria em assembleia-geral para avançar nas negociações de reajuste salarial.
A coluna apurou com fontes envolvidas na negociação que a proposta apresentada pelas entidades é um meio-termo entre os 24,32% ofertados pelo MGI na última reunião e o percentual correspondente à paridade salarial entre a PCDF e a Polícia Federal — um pleito histórico da categoria. O objetivo é manter as negociações e interlocuções com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abertas.
A contraproposta foi construída após nova rodada de negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Em assembleia-geral realizada nessa sexta-feira (5) no Parque da Cidade, a categoria decidiu rejeitar o índice de 24,32% apresentado pelo governo federal.
A proposta veio após os servidores rejeitarem, por unanimidade, a oferta anterior de 18,8%, votada na última quarta-feira (3). Apesar de considerar o novo percentual um avanço, a categoria entende que ele ainda não atende à principal demanda: a retomada da paridade salarial com a Polícia Federal e com as Polícias Civis dos ex-Territórios, rompida há quase dez anos.
Durante ato realizado na Esplanada dos Ministérios, que reuniu cerca de mil policiais civis, a diretoria do Sinpol-DF, acompanhada da senadora Leila do Vôlei (PDT) e dos deputados federais Rafael Prudente (MDB) e Erika Kokay (PT), levou a proposta diretamente aos servidores mobilizados.
“A nova proposta apresentada pelo governo federal demonstra um avanço e uma sensibilidade do governo Lula em valorizar os policiais civis do DF. No entanto, ela ainda não alcança o objetivo final da categoria, mas sinaliza a disposição do governo em buscar o melhor cenário para os policiais civis”, afirmou o presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas.
O sindicalista também destacou a confiança da categoria na retomada da paridade, especialmente com base em gestões anteriores. “Nós continuamos insistindo na contraproposta porque sabemos que os governos do presidente Lula sempre valorizaram os policiais civis do DF. No seu primeiro e segundo mandatos, essa isonomia foi mantida. E toda a categoria deposita confiança de que, neste terceiro mandato, ele resgatará a paridade salarial, fazendo justiça com a categoria”, afirmou.
O Sinpol-DF informou que seguirá mobilizado, em articulação com parlamentares e junto ao governo federal, até que a paridade seja efetivamente restabelecida. Uma nova assembleia será convocada para discutir os desdobramentos.