Trump muda nome do Departamento de Defesa para “Departamento de Guerra”

Nome já foi utilizado pelo país durante as Guerras Mundiais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (5) uma ordem executiva que altera oficialmente a designação do Departamento de Defesa para “Departamento de Guerra”. A medida permite que o secretário Pete Hegseth e outros integrantes da pasta utilizem os títulos de “secretário de Guerra” e “subsecretário de Guerra” em documentos oficiais e comunicações públicas.

Durante a cerimônia, Trump afirmou que a mudança envia “uma mensagem de vitória e força” aos inimigos dos EUA. “É um nome muito mais apropriado, especialmente diante da situação atual do mundo”, declarou. Hegseth, já apresentado como secretário de Guerra, celebrou a medida, dizendo que a alteração busca “restaurar o espírito guerreiro” nas Forças Armadas.

“Vamos passar para a ofensiva, não ficar apenas na defesa. Letalidade máxima, não legalidade tímida”, afirmou Hegseth.

Apesar da assinatura da ordem, a renomeação formal do órgão exigiria aprovação do Congresso. Ainda assim, as redes sociais do Pentágono e o site oficial passaram a exibir a nova nomenclatura logo após o anúncio. O endereço eletrônico também foi alterado de defense.gov para war.gov, embora a página tenha ficado temporariamente fora do ar. Questionado sobre a necessidade de aprovação legislativa, Trump respondeu: “vamos seguir em frente”.

Contexto

O órgão já foi chamado de Departamento de Guerra até 1949, quando o Congresso, após a Segunda Guerra Mundial, unificou Exército, Marinha e Força Aérea sob a nova denominação. A mudança refletia, segundo historiadores, a ideia de que, na era nuclear, a prioridade dos EUA seria evitar novos conflitos.

Trump, por sua vez, argumenta que a alteração para “Defesa” foi resultado de uma postura “politicamente correta” e “woke”. Ele defende que o nome “Guerra” é mais condizente com a atuação militar norte-americana.

Críticas e apoio

Críticos afirmam que a medida é cara e representa uma distração em meio a desafios estratégicos do Pentágono. Já Hegseth sustenta que a mudança “não é apenas sobre palavras, mas sobre o espírito guerreiro” das Forças Armadas.

Em junho, Trump já havia antecipado a possibilidade de retomar a nomenclatura usada até meados do século passado, classificando a mudança feita na década de 1940 como “politicamente correta”.

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Edição 42

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