O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) o reforço no policiamento ostensivo na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida atende a um pedido da Polícia Federal (PF) e concorda com a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) — ambos identificaram haver risco de fuga do ex-mandatário.
O pedido foi apresentado pela corporação em ofício assinado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, após solicitação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). No documento, a PF defende vigilância ostensiva e discreta no entorno da residência de Bolsonaro, além de checagens regulares no sistema de monitoramento eletrônico.
Segundo a PF, existem indícios de que o ex-presidente poderia tentar escapar para a Embaixada dos Estados Unidos, a poucos minutos de sua casa em Brasília, para solicitar asilo político, cenário que poderia inviabilizar o cumprimento das medidas judiciais.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, com uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente só pode receber familiares e advogados sem prévia autorização judicial.
A decisão de Moraes foi tomada no processo que apura a suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.