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Trump ameaça aplicar tarifa de 200% à China e acirra tensão comercial

Presidente norte-americano afirma que o país oriental deve garantir o fornecimento de imãs

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (25) que pretende impor uma tarifa de 200%, ou valor semelhante, caso a China não garanta o fornecimento de ímãs ao mercado norte-americano. A fala reacende as tensões comerciais e tecnológicas entre as duas maiores economias do mundo.

Nos últimos meses, Pequim tem reforçado o controle sobre o setor de terras raras, insumos essenciais para a indústria de alta tecnologia. Em abril, o país incluiu ímãs e outros produtos desse grupo químico na lista de restrições à exportação, em resposta às tarifas impostas por Washington.

As chamadas terras raras reúnem 17 elementos químicos presentes em diferentes regiões do planeta, mas concentrados na China e no Brasil. Eles são indispensáveis para a produção de celulares avançados, veículos elétricos e equipamentos de ponta. Os ímãs de alto desempenho, por exemplo, são produzidos a partir de ligas que contêm neodímio e samário, podendo receber adição de disprósio para aumentar a resistência ao calor em aplicações industriais.

Guerra tarifária

A ameaça de Trump ocorre pouco depois de um aparente alívio nas disputas. Em agosto, o Ministério do Comércio da China prorrogou por 90 dias a suspensão de tarifas adicionais sobre produtos americanos, em contrapartida à decisão do republicano de manter uma trégua parcial.

Atualmente, as taxas chinesas permanecem em 10%, enquanto as tarifas norte-americanas, que chegaram a superar 100%, foram reduzidas para 30%.

Apesar da trégua, a relação segue instável. Trump já acusou a China de não cumprir o acordo firmado em maio, durante negociações em Genebra. Pequim respondeu cobrando o fim de “restrições discriminatórias” e pedindo que ambos os lados respeitem o entendimento estabelecido.

O impasse soma-se às críticas internas ao tarifaço lançado pelo republicano, que buscava reduzir o déficit comercial dos EUA e fortalecer sua posição em disputas geopolíticas. O resultado, porém, foi ampliar o atrito com Pequim e gerar preocupação até mesmo entre aliados políticos de Trump.

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Edição 42

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