Foi no Salão Negro do Congresso Nacional, palco de encontros entre importantes autoridades nacionais e internacionais, que o jornalista e político brasileiro Edison Lobão realizou o lançamento do seu livro Memória e testemunhos, no qual relata os bastidores da política brasileira.

Ex-deputado, senador, governador do Maranhão e ministro, Lobão trabalhou por mais de 40 anos no Congresso e criou um relacionamento próximo com diversas autoridades, incluindo presidentes da República, desde o regime militar ao democrático. Aos 88 anos, ele escreveu um livro no qual relata “o que ainda não é conhecido” dos brasileiros, relembrando episódios e conversas importantes que presenciou ao lado de grandes figuras.

Memórias e testemunhos: Edison Lobão lança livro sobre bastidores da política brasileira

Entre os exemplos, o ex-ministro destaca conversas que teve com João Goulart, momentos com Juscelino Kubitschek e Ernesto Geisel, com quem mantinha uma relação próxima. “Com o presidente Geisel eu conversava todos os dias, presencialmente ou por telefone. E depois que ele saiu da presidência, nós mantivemos a conexão. Eu o visitava toda semana no Rio de Janeiro, quando debatíamos sobre a dificuldade da restauração democrática”, conta em entrevista ao GPS|Brasília.

“Os jovens de hoje em dia, que já nasceram sob o regime democrático, precisam ter a consciência de que, antes do nascimento deles, nós vivemos uma ditadura militar, e que, para sair dessa ditadura para a democracia, foi necessário uma luta muito grande, e está tudo contado no meu livro”, narra.

O lançamento da obra, que teve prefácio escrito pelo ex-presidente José Sarney, reuniu mais de 600 pessoas nos salões Negro e Nobre do Congresso Nacional, entre deputados, senadores, ministros de Estado, de tribunais superiores, os presidentes da Câmara, do Senado e da Comissão de Justiça, além de desembargadores que vieram até mesmo de outros estados para prestigar Lobão. “Foi uma apoteose, porque não é habitual o comparecimento de tantas pessoas ao lançamento de um livro, especialmente de tantas autoridades, então me senti muito honrado”, admite.