Os pais de pets sabem que só de ouvir o nome leishmaniose a perna já treme. Por muito tempo, a doença foi uma sentença imediata de morte, mas, atualmente, sabe-se que o animal contaminado pode viver de forma saudável, isso se tratado e acompanhado por um médico veterinário de forma correta.
No calendário temático da medicina veterinária, agosto é o mês dedicado à conscientização e prevenção da doença. Também conhecida como Calazar, a leishmaniose é transmitida para os cães e gatos, além de humanos e animais silvestres, por meio da picada do mosquito palha infectado com o protozoário Leishmania.
Há três tipos de leishmaniose: a visceral, a infanto e a cutânea, todas elas encontradas no Brasil. A primeira delas é endêmica em 76 países e dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem por aqui. Nos pets, lesões ulcerativas, emagrecimento, crescimento exagerado das unhas e febre são alguns dos sinais, de acordo com Paulo Tabanez, médico veterinário especializado em doenças infecciosas e imunologia.
Já nos humanos, os sintomas incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, perda de peso, diarreia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de inchaço nos linfonodos.
“Não podemos falar que a leishmaniose tem cura, mas tem tratamento. O animal mantém-se portador do protozoário, mas isso não significa que ele será infectante, ou seja, clinicamente, ele fica saudável e não representa risco à saúde pública, desde que tenha o tratamento adequado”, esclarece Paulo Tabanez.
Apesar de a vacina contra a doença ter sido suspensa no País, existem meios de prevenção. “Os tutores devem ser orientados pelos veterinários, por isso, devem comparecer às clínicas com uma certa frequência”, afirma Paulo, que listou algumas dicas de como proteger os bichinhos.
- Utilizar repelentes e inseticidas constantemente, isso em todos os cães em áreas endêmicas;
- Manter sempre limpa a área em que o pet fica e sem matéria orgânica acumulada;
- Evitar passeios crepusculares;
- Instalar telas mosqueteiras nas janelas de casa;
- Visitar os médicos veterinários;
- Realizar podas nas árvores;
- Realizar dedetizações sempre que recomendado.
O diagnóstico definitivo pode ser confirmado com a punção de linfonodo, fígado, baço ou líquor da medula espinhal.