As recentes mortes de quatro pessoas em Campinas (SP) chamaram a atenção para a transmissão da doença chamada febre maculosa. Mais comum entre junho e novembro, a enfermidade pode chegar a 80% de letalidade, e pode ser tratada por meio de remédios antibióticos.
A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pelo carrapato-estrela (Amblyomma americanum), comum em áreas rurais e florestais. Esses carrapatos são encontrados em animais selvagens, como capivaras, que atuam como hospedeiros, mas não transmitem a bactéria. Quando uma pessoa é picada por um carrapato infectado, a bactéria pode ser transmitida para o organismo humano.
Os sintomas iniciais da febre maculosa podem se assemelhar a uma gripe comum, incluindo febre, dores de cabeça e musculares, fadiga e mal-estar geral. Após alguns dias, podem surgir manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, a doença pode levar a complicações, como pneumonia, insuficiência renal e até mesmo óbito.
De acordo com o subsecretário de vigilância à saúde do DF, Divino Valero, deve-se buscar ajuda nos primeiros dias após o aparecimento de sintomas, para que a doença não se desenvolva.
“O DF está vigilante quanto aos casos tanto na vigilância epidemiológica quanto ambiental. Isso faz parte da nossa rotina. E na situação da febre maculosa, os cuidados seguem bem parecidos quanto à vigilância do meio ambiente e de animais. Fazendo o manejo ambiental, conseguimos evitar o carrapato, e consequentemente, a doença”, explica.
Para se proteger do carrapato, é recomendado utilizar repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo, principalmente em áreas de muita vegetação.