O União Brasil e o Progressistas (PP) oficializaram nesta terça-feira (19) a criação da federação partidária entre as legendas. Mais cedo, dirigentes de ambas as bancadas aprovaram o estatuto da aliança — o documento servirá como guia de funcionamento e atuação do super-partido, que se chamará União Progressista.
Com a federação, o partido passa a ser a maior força partidária do País, acumulando a maior bancada de deputados na Câmara, o maior número de prefeitos e, consequentemente, os maiores montantes de recursos públicos para campanhas eleitorais e despesas partidária.
A formação da nova federação representa uma estratégia conjunta para as eleições majoritárias e proporcionais de 2026, ano em que os eleitores irão escolher o presidente, governadores, dois senadores por estado, além de deputados federais, estaduais e, no caso do Distrito Federal, distritais.
Força local
A articulação tende a fortalecer candidaturas de membros dos dois partidos, entre eles, no caso de Brasília, a atual vice-governadora Celina Leão (Progressistas), cotada para disputar o comando do Palácio do Buriti na próxima eleição.
Integrante da base de apoio ao governo de Ibaneis Rocha (MDB), Celina deve se beneficiar diretamente da nova aliança, que promete ampliar o campo de sustentação política, o que não impede a adesão de outras agremiações para o futuro projeto eleitoral.
No ano que vem, caso seja confirmada, as federações atuarão de forma semelhante a uma coligação, mas com vínculos mais duradouros, respeitando as normas eleitorais que impedem coligações proporcionais.
Federação em números
A União Progressista nasce já como a maior força partidária do País em diversos indicadores. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, a federação reúne 109 parlamentares, o que lhe garante a maior bancada da Casa. No Senado, são 14 integrantes por ora, mas a expectativa é de que o grupo alcance 15 cadeiras ainda nesta semana, tornando-se também a maior bancada da Casa alta.
O poder da nova legenda não se limita ao Congresso. Nos municípios, a União Progressista controla 1.335 prefeituras, número que coloca a federação à frente de todos os demais partidos e muito acima do PSD, que soma 889. A aliança também reúne sete governadores.
A força eleitoral vem acompanhada de robustez financeira. O União Progressista terá direito a R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral, o maior montante entre todos os partidos, superando em R$ 67 milhões o segundo colocado, o PL, conforme dados de 2024.
Além disso, o novo partido contará com R$ 197,6 milhões em fundo partidário, novamente no topo da distribuição de recursos públicos destinados às legendas.