A Justiça da Itália rejeitou o pedido da defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para converter a pena em prisão domiciliar. A parlamentar foi localizada e presa pelas autoridades italianas, em Roma, em julho.
A defesa de Zambelli havia questionado a prisão cautelar pelos seguintes motivos: falta de condições de saúde adequadas para que a deputada aguarde o processo de extradição no cárcere italiano; inexistência de um pedido internacional de prisão válido e a ausência de solicitação formal de extradição.
Os advogados da deputada afirmaram que a Difusão Vermelha da Interpol não seria um mandado de prisão internacional e não teria valor vinculante.
O Tribunal de Apelações de Roma argumentou que a Difusão Vermelha por si só é considerada suficiente para solicitar um pedido internacional de prisão provisória, além de que a prisão ocorreu em cumprimento a mandado emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As questões de saúde da deputada serão avaliadas por meio de perícia médica oficial e o laudo será discutido na próxima audiência, no dia 27.
Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica.