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Brasil tem o 3º pior índice de saúde mental entre 64 países

De acordo com relatório global anual, encomendado pela Sapien Labs, o Brasil possui o 3º pior índice de saúde mental, levando em consideração respostas de 64 países. Segundo os números divulgados pelo governo, há mais de 300 milhões de pessoas que sofrem com depressão no mundo, sendo 11 milhões no país.

 

Em nota divulgada pelo Confen (Conselho Federal de Enfermagem), hoje a população brasileira vive uma segunda pandemia, já que os traumas deixados pela crise sanitária causada pela Covid-19 têm grande impacto na saúde mental dos indivíduos. Dessa forma, faz-se necessário, cada vez mais, a conscientização da sociedade em torno dos temas que se relacionam com a saúde mental.

 

“Muitas pessoas são tratadas de forma injusta e discriminatória por causa de problemas relacionados à mente’, afirma Jair Soares, presidente do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas. “Para ajudar, é preciso compartilhar informações, ensinar as pessoas, incentivar a busca por ajuda profissional e lutar contra o preconceito”, complementa.

 

Segundo matéria publicada pelo Jornal da USP (Universidade de São Paulo), o preconceito contra as doenças mentais – como a depressão – faz com que a busca por ajuda e tratamento leve mais tempo do que o indicado, podendo impactar no resultado.

 

Tal intolerância pode estar diretamente ligada com a falta de informação. “Apesar de algumas melhorias, é necessário focar ainda mais na evolução da formação dos profissionais da área para tratar o tema de forma cada vez mais especializada”.

 

“Algumas regiões do país ainda têm dificuldades para conseguir serviços de saúde mental de qualidade e, além disso, a existência de algumas crenças culturais e sociais fazem com que as pessoas vejam a saúde mental de forma errada, causando a discriminação”, comenta um profissional entrevistado na notícia.

 

Hoje existem algumas iniciativas para conscientizar a população no que diz respeito à saúde mental e fazer com que o quadro de pessoas que sofrem com isso abaixe cada vez mais, tais como o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo.

 

Porém, para o presidente do IBFT, há outras maneiras, como realizar campanhas em rádio, TV e internet; desenvolver programas educativos sobre saúde mental nas escolas; treinar os profissionais de saúde, educadores e líderes comunitários; trabalhar junto para ajudar as pessoas; dar acesso aos serviços de saúde mental; e usar as redes sociais com cuidado para conscientizar a sociedade.

 

“Também é importante lutar contra o preconceito e a discriminação. Todos devem trabalhar juntos para alterar a cultura e fazer com que a sociedade seja mais informada, compreensiva e inclusiva em relação à saúde mental”, finaliza.

 

*Com informações da Agência Estado

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