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Cardiologista orienta sobre cuidados após infarto

Tatamento pós-infarto inclui não apenas a atenção médica, mas também a mudança de hábitos e estilo de vida

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**Diretrizes médicas** da _Sociedade Brasileira de Cardiologia_ enfatizam que após um **infarto**, deve-se redobrar os **cuidados** com a saúde ao retomar as **atividades** e também promover uma **mudança** de vida. É necessário repensar os hábitos, combater o **sedentarismo**, a **obesidade** e acompanhar muito cuidadosamente os níveis de pressão arterial, glicemia e colesterol.

Com base nessas diretrizes médicas, é importante destacar a adoção de uma **abordagem multidisciplinar** para o tratamento pós-infarto, que inclua não apenas a atenção médica, mas também a mudança de hábitos e estilo de vida. Passando pela adoção de uma **dieta** balanceada e de um programa regular de **exercícios físicos supervisionados**, bem como a necessidade de um acompanhamento **psicológico** para ajudar o paciente a lidar com o impacto **emocional** do infarto.

![Foto: Freepik](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/o_jovem_tem_ataque_cardiaco_isolado_no_fundo_branco_60f41b9923.jpg)

O cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Dr. **André Gasparoto**, escritor do livro – _Infarto: Antes, durante e depois Quebrando mitos_ e também do livro _Cirurgia cardíaca: Como encarar de peito aberto_, afirma que é possível ter uma vida **saudável** após um infarto, mas com uma série de **cuidados**. Abaixo informações importantes para quem passou por essa condição:

– **Acompanhamento médico regular**: se o paciente não contava com isso até o momento do primeiro infarto, é crucial ter acompanhamento médico depois. “Obviamente que os demais fatores de risco também devem ser combatidos, especialmente o colesterol alto, diabetes, pressão alta e o sedentarismo”, lembra o médico.

– **Terapia multidisciplinar**: a reabilitação do paciente acometido por infarto deve ser multidisciplinar. “O cuidado após o evento não se faz apenas com consultas médicas e uso de medicamentos contínuos. Devemos indicar terapias e atividades físicas prazerosas, que fazem bem não apenas ao corpo, mas também à mente”, conta o cardiologista.

– **Tabagismo**: ao parar de fumar as chances de um segundo infarto se reduzem a quase 50% em 5 anos. “O infarto pode ou não deixar sequelas, sendo que o maior limitador é a extensão do acidente cardiovascular e, com isso, os sintomas relacionados à insuficiência cardíaca como falta de ar e inchaço nas pernas. Porém, o fator de risco modificável com maior impacto a médio prazo é tabagismo”, completa o médico.

– **Mais cuidado aos 50 anos**: os infartos são mais comuns após os 50 anos, mas os mais jovens não estão isentos. “Os principais motivos, além da questão genética, são o uso de drogas lícitas – como o cigarro – e ilícitas. Outros fatores também são muito relevantes: obesidade, falta de exercícios físicos e excesso de trabalho contribuem fundamentalmente para aumentar estes números”, reforça o cardiologista.

– **Reabilitação**: ‘a reabilitação após um infarto varia de pessoa para pessoa, justamente por questões como sequelas no coração, doenças pré-existentes, preparo físico do paciente antes do evento e a idade. A grande maioria consegue uma boa recuperação, quando acompanhados por especialistas, em 30 dias”.

– **Qualidade do sono e exercícios físicos**: assim como o estresse e a depressão, a falta de sono ou um sono sem qualidade também fazem parte da lista de fatores de risco para um segundo infarto. Por isso, é necessário dormir bem e ter apoio psicológico, caso necessário. É importante que a pessoa faça exercícios supervisionados porque isso também melhora a função cardíaca”, reforça o médico.

![Foto: Unsplash](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/robina_weermeijer_z8_Fmfz06c_unsplash_797322e4cb.jpg)

A maioria dos pacientes que tiveram infarto deve realizar um cateterismo para saber se existem outras **obstruções nas coronárias** e, assim, decidir a melhor linha de **tratamento**. _“Pode ser necessário apenas tratamento clínico, uma angioplastia ou até mesmo uma cirurgia cardíaca. Uma minoria precisará de transplante cardíaco, mas quanto mais infartos a pessoa tiver, maiores são as chances”_, finaliza o especialista.