Viajar não é apenas conhecer novos lugares, é também voltar no passado e mergulhar em histórias, tradições e paisagens que carregam valor universal. Nesse cenário, o título de Patrimônio Mundial da UNESCO se destaca como um dos maiores reconhecimentos que um destino pode receber.
Concedida a locais que possuem relevância cultural, histórica, natural ou arquitetônica para toda a humanidade, a designação garante prestígio, mas, acima de tudo, a preservação e a valorização desses espaços. Montanhas, arquipélagos, vales e aldeias, desertos e monumentos misteriosos estão entre esses destinos tão especiais. Abaixo, listamos alguns patrimônios que valem a pena conhecer:
Bocas del Toro, Panamá
O arquipélago panamenho de Bocas del Toro, reconhecido pela UNESCO por sua biodiversidade e importância cultural, abriga um verdadeiro tesouro natural. A região é composta por nove ilhas principais, 52 cays e inúmeras ilhotas, mas o destaque vai para o Primeiro Parque Marinho Nacional do Panamá, que abriga uma riqueza única de vida marinha e terrestre.
É nesse ambiente de selva viva e mar cristalino que se revela a La Coralina Island House, um refúgio de bem-estar onde a natureza dita o ritmo. Mais que um boutique hotel, é um espaço de reconexão. Seus rituais de cura, tratamentos ancestrais e retiros holísticos celebram os elementos – terra, água e espírito – com ingredientes nativos e arquitetura que se integra ao entorno. Ideal para viajantes que buscam uma jornada sensorial com propósito, em uma terra sagrada por essência e reconhecimento.

Foto: reprodução/Carpe Mundi
Serra de Tramuntana, Espanha
Entre montanhas esculpidas pelo tempo e olivais centenários, a Serra de Tramuntana – Patrimônio Mundial desde 2011 – é um cenário de rara harmonia entre homem e natureza. “Milênios de agricultura em um ambiente com recursos escassos transformaram o terreno e exibem uma rede articulada de dispositivos de gestão da água que giram em torno de unidades agrícolas de origem feudal. A paisagem é marcada por terraços agrícolas e sistemas hidráulicos interligados – incluindo moinhos de água –, bem como construções e fazendas de pedra seca”, define a organização.
No coração desse refúgio mediterrâneo está Son Bunyola Hotel & Villas, uma finca do século 16 transformada pelo grupo Virgin Limited Edition em um oásis de elegância discreta. Aqui, o luxo se traduz na autenticidade: vilas de pedra, pátios ensolarados, vinhedos e vistas que se abrem para o mar azul do Mediterrâneo. Uma experiência onde o tempo desacelera, os sabores ganham profundidade e cada detalhe evoca a alma tranquila de Mallorca.

Foto: reprodução/Melhores Destinos
Alto Atlas, Marrocos
Localizado no sopé da encosta sul do Alto Atlas, na província de Ouarzazate, o sítio de Ait-Ben-Haddou é o ksar (conjunto predominantemente coletivo de habitações) mais famoso do Vale de Ounila. O ksar de Ait-Ben-Haddou é um exemplo impressionante da arquitetura do sul do Marrocos.
E é nas alturas do Atlas marroquino, entre vales sagrados e aldeias berberes, que está o Kasbah Tamadot, um ícone da hospitalidade transformadora. A propriedade, restaurada com maestria pela coleção Virgin Limited Edition, respeita sua origem como fortaleza histórica e oferece acomodações sofisticadas entre jardins exóticos, terraços panorâmicos e tendas de luxo.
Mais do que um retiro de montanha, Tamadot é um ponto de encontro entre culturas: workshops de cerâmica local, aulas de culinária marroquina e trilhas conduzidas por guias das comunidades vizinhas compõem uma vivência autêntica. No Kasbah, habitar o território é um gesto de reverência.

Foto: reprodução/Viator
Salar de Uyuni, Bolívia
O Salar de Uyuni, maior deserto de sal do mundo, desafia definições. Paisagem lunar, espelho do céu, mar de silêncio. Seu valor ecológico, geológico e espiritual o torna parte de uma Reserva da Biosfera em reconhecimento pela UNESCO.
Há mais de duas décadas, a agência Hidalgo Tours desenha experiências sob medida por esse cenário único, combinando hospedagens sustentáveis com o conhecimento profundo de guias locais. Em cada expedição, uma jornada: por lendas ancestrais, astronomia indígena e trilhas que revelam um mundo invisível ao olhar apressado. Um convite para se perder no infinito e reencontrar o essencial.
Saint-Émilion, França
O vilarejo medieval de Saint-Émilion, no sudoeste da França, tornou-se em 1999 o primeiro vinhedo do mundo a receber o título de Patrimônio Mundial da UNESCO. Para a organização, a região é um exemplo notável de uma paisagem histórica de vinhedos que sobreviveu intacta e em atividade até os dias atuais. Além disso, ilustra de forma “excepcional” o cultivo intensivo de uvas para produção de vinho em uma área precisamente definida.
É nesse cenário de colinas e vinhedos centenários que se encontra o Château Grand Barrail – um castelo do início do século 20 transformado em hotel cinco estrelas. Com 46 suítes cuidadosamente restauradas, o Château é um convite a art de vivre francesa. A partir da propriedade, é possível explorar vinícolas lendárias a pé, em bicicletas elétricas ou a bordo de um conversível vintage Triumph vermelho, parte da charmosa frota do hotel. Entre degustações dos premiados Grands Crus produzidos na região, o spa do hotel em colaboração com a Sothys traz tratamentos à base de uvas para celebrar o terroir local.
Ilha de Páscoa ou Rapa Nui
Em pleno Pacífico, a quase seis horas de avião de Santiago do Chile, a Ilha de Páscoa desperta a curiosidade de qualquer viajante. Como surgiram os gigantes de pedra? Quem eram os habitantes que ali viviam? Como é viver em um dos destinos mais isolados do mundo? Toda essa aura misteriosa das estátuas moais e do povo Rapa Nui atrai turistas aventureiros de todas as partes.
Não à toa, a ilha ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 1995 – hoje, 30 anos depois, a entidade está ainda mais preocupada em preservar o destino e suas estátuas, que vêm sofrendo com as mudanças climáticas e com a possibilidade de desaparecimento da língua do seu povo, que diminui a cada ano. Uma viagem inesquecível que ganha ainda mais sabor com o Nayara Hangaroa, que possui guias Rapa Nuis apaixonados por sua história e ancestralidade.