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Polícia de São Paulo prende José Rainha Júnior no Mirante do Paranapanema

Ele e Luciano de Lima são acusados de extoquir donos de propriedades rurais na região de Presidente Prudente

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**José Rainha Júnior** e Luciano de Lima, líderes da **Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FLN)**, foram presos pela Polícia Civil na tarde deste sábado (5), no Mirante do Paranapanema (SP), na região de Presidente Prudente. De acordo com a polícia, **eles são acusados de extorquir donos de propriedades rurais**.

“As diligências foram decorrentes de mandados de prisões preventivas, pedidos e autorizados pela Justiça, de líderes de movimento de invasão de terras que exigiam vantagens financeiras de, pelo menos, seis vítimas”, informou, em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

A pasta ressaltou que **as prisões não têm relação com as ocupações de terra realizadas pelo FLN no Carnaval, na região**. Na ocasião, nove propriedade rurais foram ocupadas pelo movimento, segundo a polícia.

Nas redes sociais, **o secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, parabenizou a ação da polícia**. “José Rainha Júnior e Luciano de Lima, líderes da FNL, foram presos pela nossa Polícia Civil. Parabenizo os policiais envolvidos nessa missão, que contam também com o apoio da Polícia Militar para garantir a segurança em nosso estado”, diz a publicação.

Em nota, **a FLN disse que as prisões são políticas e ocorreram em retaliação à jornada de ocupações realizadas**. “Essa prisão de cunho político tem nítida relação com a jornada de ocupações do Carnaval Vermelho, sendo um ato de retaliação aos lutadores do povo sem terra”.

O FLN ressaltou ainda que **o movimento tem denunciado a usurpação de terras públicas**, na região do Pontal do Paranapanema, pelo agronegócio, e que os líderes têm o direito de se defender das acusações em liberdade.

“Denunciamos a invasão de terras públicas pelo agronegócio no Pontal do Paranapanema. **Terras públicas estas que o agro defende como sua à bala, expulsando, ferindo e matando, se necessário, os trabalhadores que ousam reivindicá-las**”, denuncia a FLN.