Redação GPS Com o objetivo de conscientizar a população sobre doenças cardiovasculares, o mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Azul Vermelho. A iniciativa, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), tem como objetivo promover conhecimento sobre a prevenção e tratamento dessas doenças no coração.
O cirurgião vascular Caio Focássio, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, ressalta que três das doenças cardiovasculares estão no topo das mais graves. Para todas elas, ele explica que a prevenção pode ser feita com o check-up anual.
“As doenças vasculares mais graves geralmente são silenciosas, o ideal é agir antes que elas ocorram e isso é possível apenas com um exame clínico feito em consultório e com a ajuda de um ultrassom podem medir o grau de insuficiência venosa, verificar o grau de calcificação das artérias e ainda permite uma análise dos vasos sanguíneos por imagem. Assim, fica mais fácil indicar qualquer problema que o paciente possa vir a desenvolver e já iniciar o tratamento antes que surjam maiores complicações”, alerta o médico.
Além disso, as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no País, representando cerca de 30% dos óbitos registrados anualmente, de acordo com o Ministério da Saúde. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas causam cerca de 17,9 milhões de mortes por ano, o que corresponde a aproximadamente 32% do total de óbitos globais.
Principais doenças
A trombose venosa, causada por uma formação de coágulos de sangue nas veias das pernas, é diagnosticada em um a cada mil brasileiros. “Um dos agravantes é que ela pode levar a uma embolia pulmonar, que é quando uma artéria do pulmão é obstruída, e daí a falta de ar é um dos primeiros sintomas”, alerta Focássio.
Já o aneurisma da aorta (é a principal artéria do corpo) não costuma apresentar sintomas e cerca de 80% das pessoas morrem, sendo que 50% chegam vivas aos hospitais.
“Essa taxa de mortalidade é tão alta porque a aorta pode dilatar e se romper, e isso pode ser fatal”, afirma o especialista.
Hoje em dia, um exame em consultório já consegue identificar o problema. O primeiro sintoma de um aneurisma da aorta pode surgir apenas na hora da sua ruptura e daí já levar à morte em muitos casos. Já a doença arterial periférica apresenta dor nas pernas ou surgimento de feridas dolorosas de difícil cicatrização, além de dor ao caminhar entre os primeiros sintomas. Em caso de avanço na doença, há alguns riscos. “Nesse caso, um dos principais riscos é a amputação dos membros”, diz Focássio.
Para evitar essas doenças e possíveis complicações, especialistas também alertam para a importância da prática regular de atividades físicas, alimentação balanceada, controle do estresse, abandono do tabagismo e consumo moderado de álcool — fatores diretamente ligados à prevenção de problemas cardíacos.
