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Confiança do consumidor cresce 2,7 pontos em dezembro

A confiança do consumidor subiu 2,7 pontos em dezembro ante novembro, após dois recuos seguidos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (26). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 88,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,3 ponto. A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1 e 21 de dezembro.

“Após dois meses de queda, a confiança dos consumidores sobe, recuperando parte das perdas sofridas. A melhora da confiança reflete um aumento do otimismo em relação aos próximos meses, principalmente das famílias de menor poder aquisitivo, que vêm se mantendo mais endividadas e sofrendo mais com os efeitos da inflação e taxa de juros elevada. As avaliações sobre o momento ainda se mantêm estáveis, mas com piora na percepção sobre o mercado de trabalho, o que gera cautela na intenção de compras no curto prazo”, avaliou a coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Viviane Seda Bittencourt, em nota oficial.

Em dezembro, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,1 ponto, para 70,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) avançou 4,3 pontos, para 100,3 pontos. “O ano fecha com um saldo positivo e zera as perdas acumulada nos últimos dois anos, mas é necessário um grande caminho para que a confiança volte superar o nível neutro, estimulando o consumo”, completou Viviane.

No ISA, o item que mede a percepção sobre a situação financeira das famílias subiu 2,7 pontos, para 63,6 pontos. O componente que avalia a satisfação sobre a situação econômica recuou 2,7 pontos, para 78,8 pontos.

Quanto às expectativas, o quesito que mais contribuiu para a alta da confiança em dezembro foi a situação financeira das famílias nos próximos seis meses, que avançou 12,5 pontos, para 105,0 pontos, maior patamar desde fevereiro de 2019, recuperando as perdas sofridas nos últimos dois meses. O item que mede o grau de otimismo com a situação econômica geral subiu 4,5 pontos, para 115,1 pontos. Já a intenção de compra de bens duráveis continua instável, com queda de 4,7 pontos, para 80,8 pontos.

A análise por faixa de renda mostra uma compensação de parte das perdas sofridas nos últimos dois meses nas faixas de renda mais baixas. Entre as famílias com renda até R$ 2.100 mensais, a confiança subiu 8,9 pontos em dezembro, para 83,4 pontos, após ter recuado 10,1 pontos em novembro. No grupo que recebe acima de R$ 9.600 mensais, o indicador caiu 0,7 ponto em dezembro, para 91,5 pontos, após elevação de 0,7 ponto em novembro.

“A avaliação dos consumidores de menor poder aquisitivo sobre a situação financeira das famílias voltou a subir após a forte queda observada no mês passado. Para as classes de renda mais alta, os consumidores mantêm o índice em patamar mais elevado, embora ainda abaixo do nível neutro de 100 pontos”, observou a FGV.

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