A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) permanecerá detida na Itália enquanto tramita o processo de extradição para o Brasil. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (1º) por um juiz de garantias, durante audiência de custódia realizada em Roma.
A defesa da parlamentar buscava converter a prisão em medidas restritivas, como liberdade provisória ou prisão domiciliar, mas o pedido foi negado. A solicitação de soltura deverá ser reavaliada apenas em meados de agosto.
Zambelli está presa na Penitenciária Feminina de Rebibbia desde terça-feira (29), após ter sido localizada com auxílio da Polícia Federal brasileira, que compartilhou seu paradeiro com as autoridades italianas. A parlamentar é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ter sido condenada a dez anos de prisão, em regime fechado, por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A condenação inclui também a perda do mandato.
Em junho, Zambelli havia anunciado que estava na Itália, alegando ser vítima de perseguição política. A partir daí, foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, a pedido do STF.
Agora, o futuro da deputada está nas mãos da Justiça italiana. O Ministério da Justiça da Itália deve encaminhar o caso ao tribunal responsável por julgar o pedido de extradição. Caso a solicitação seja considerada procedente, caberá às autoridades italianas decidir sobre os termos da entrega de Zambelli ao Brasil, conforme previsto no Código de Processo Penal do país.