Henrique Neri O governo federal liberou R$ 20,6 bilhões no Orçamento de 2025 com a manutenção parcial do decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O valor, que estava contingenciado, consta do novo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento nesta segunda-feira (15).
Com isso, o bloqueio orçamentário caiu de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,6 bilhões. A liberação foi possível após a revisão da estimativa de receitas líquidas, que subiu R$ 27,1 bilhões, puxada principalmente pelo aumento nos royalties do petróleo e na arrecadação do Imposto de Renda. As despesas, por sua vez, também subiram R$ 5 bilhões.
A nova projeção para o déficit primário de 2025 passou de R$ 97 bilhões para R$ 74,1 bilhões, considerando gastos fora do limite fiscal. Dentro do arcabouço, a estimativa recuou de R$ 51,7 bilhões para R$ 26,3 bilhões. O resultado primário não inclui os juros da dívida pública.
Apesar do alívio, o governo bloqueou R$ 100 milhões adicionais em despesas discricionárias para cumprir o teto do arcabouço fiscal. A distribuição dos recursos entre ministérios será detalhada em decreto no fim do mês.
