Luana Vieira Ribeiro, de 29 anos, viveu um verdadeiro pesadelo em 21 de junho. O que deveria ser um dos dias mais felizes de sua vida, o nascimento do filho, transformou-se em um drama marcado por risco de morte. Após o parto, ela sofreu três paradas cardiorrespiratórias e precisou ser reanimada. Para conter uma hemorragia grave, os médicos foram obrigados a retirar seu útero.
Desde o primeiro mês de gestação, Luana apresentava episódios de sangramento e eliminação de coágulos. Sem um diagnóstico conclusivo, os sintomas foram inicialmente considerados comuns da gravidez. “Minha maior preocupação sempre foi com o bebê. Assim que descobri a gestação, comecei a me cuidar e mudei minha alimentação”, lembra Luana.
Com o avanço da gravidez, ela optou por realizar o parto no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Exames de imagem indicavam que o bebê estava com tamanho maior do que o esperado para a idade gestacional, o que poderia estar relacionado à diabetes gestacional. Ainda assim, não havia suspeitas de complicações graves para a mãe.
Na última consulta pré-natal, a obstetra solicitou novos exames. Seguindo o protocolo médico, Luana foi internada com 37 semanas e dois dias de gestação. “Cheguei preparada, com minhas bolsas prontas, em jejum, achando que tudo correria bem. Lembro da anestesia, da presença do meu marido e do choro do meu filho… Depois, só escuridão”, relata.
Profissionais da enfermagem do Centro Cirúrgico Obstétrico (CCO) atuaram em cada etapa, da identificação precoce da instabilidade à assistência direta à equipe médica. Para a chefe do serviço, Vanúcia Sancho, foi a junção de preparo técnico e agilidade que fez toda a diferença. “Não é só aplicar protocolos. É saber agir sob pressão, com precisão, e estar emocionalmente preparado para decisões que salvam vidas”, pontua.
Apesar de todo o esforço da equipe, os médicos ainda não conseguiram determinar a causa exata do que provocou o agravamento repentino do quadro de Luana. As suspeitas incluem uma possível reação à anestesia, entre outras situações que podem causar parada cardíaca e exigir intervenção imediata.
Com informações da Agência Brasília