Os postos de gasolina do Distrito Federal reduziram o valor do combustível após a alta na última semana. A queda nos preços ocorre após a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitar a abertura de uma investigação e práticas anticoncorrenciais nos preços, afirmando que os distribuidores e revendedores não estariam repassando ao consumidor as reduções de preços praticadas pelas refinarias.
No Plano Piloto, grande parte dos postos vendiam a gasolina a R$ 6,45 o litro. Entre Santa Maria e Novo Gama (GO), o preço caiu de R$ 6,89 para R$ 6,53, igualando o preço dos postos vizinhos.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, nega que a redução se deu por conta da investigação da AGU. O Sindicombustíveis alega que o aumento foi um reajuste e não informou a motivação.
Nas últimas semanas, o álcool anidro teve um aumento de mais de R$ 0,20. “Duas redes que são donas de cerca de 100 postos no DF decidiram absorver o reajuste do aumento do álcool anidro e ficar com o prejuízo. Depois de três a quatro dias, os outros postos que haviam aumentado devido ao reajuste tiveram que botar o preço igual ao dessas redes”, explicou o presidente do sindicato.
A AGU afirma ter recebido documentos que apontam práticas anticoncorrenciais, afetando a livre concorrência do mercado, envolvendo a precificação do óleo diesel e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ao longo da cadeia de abastecimento, principalmente na distribuição e revenda.
“A AGU encaminhou a manifestação com o pedido de apuração dos fatos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), à Polícia Federal, à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e ainda à Procuradoria Nacional da União de Patrimônio Público e Probidade, unidade da AGU vinculada à Procuradoria-Geral da União (PGU)”, afirmou a AGU.