Alerta: DF registra dois casos de raiva em morcegos silvestres

Secretaria de Saúde intensifica ações de vigilância e adverte para os riscos à saúde humana e animal

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou recentemente dois casos de raiva em morcegos, elevando o nível de atenção das autoridades sanitárias e da população. Os animais, da espécie Artibeus lituratus, conhecida como morcego-da-cara-branca, foram recolhidos em Planaltina e Sobradinho e testaram positivo para o vírus após realização de exames laboratoriais. Embora não tenha havido exposição humana direta, os morcegos tiveram contato com cães, o que exige monitoramento constante.

Diante desse cenário, a SES-DF emitiu um comunicado de risco. A raiva é uma zoonose viral causada por um Lyssavirus e afeta mamíferos, incluindo seres humanos. A transmissão ocorre geralmente por meio da saliva de animais infectados, especialmente por mordidas, arranhões ou lambeduras. Uma vez que os sintomas neurológicos se manifestam, a doença é quase sempre fatal. Atualmente, só há cinco registros de cura em todo o mundo, todos com sequelas permanentes.

Por isso, o controle da doença se baseia exclusivamente em vacina e soro, administrados imediatamente após exposição suspeita. Em casos de acidente com esses animais é essencial lavar o ferimento com água e sabão e procurar uma unidade de saúde para avaliação.

Recolhimento e monitoramento

O Distrito Federal mantém um programa ativo de vigilância ambiental. Entre janeiro e maio de 2025, foram recolhidos 158 morcegos e 56 primatas. Até o momento, apenas os dois morcegos mencionados testaram positivo para raiva.

Diferente de métodos agressivos e proibidos por lei, como envenenamento, o manejo de morcegos deve ser feito de forma ética e sustentável. Essas ações seguem diretrizes do Ibama, Anvisa e Ministério da Saúde, garantindo a proteção da saúde pública e a conservação ambiental.

Em ambientes urbanos, os morcegos são encontrados principalmente em forros, sótãos e beirais. De acordo com SES-DF  A recomendação ao se deparar com esses animais é clara: evite tocar, alimentar ou abrigar. E, ao menor sinal de comportamento atípico, o recomendado é isolar a área e acionar a Vigilância Ambiental de Zoonoses.

A população deve acionar as equipes pelos números (61) 3449-4432/4434 ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com, evitando qualquer tentativa de manipulação direta dos animais.

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